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Seminário BIM na Prática: Arquitetos discutem benefícios e desafios da tecnologia

 

Como arquitetos e urbanistas podem projetar e construir melhor nossos edifícios e cidades? Como a tecnologia pode auxiliar a entrega de boa Arquitetura e Urbanismo às pessoas? Essas dúvidas movimentaram as discussões do primeiro dia do Seminário BIM na Prática, realizado em Brasília pelo CAU/BR, CAU/DF, Câmara Brasileira de BIM (CBIM) e SEBRAE. Para respondê-las, projetistas de diversos escritórios de atuação nacional e internacional, como Triptyque, Perkins & Will, OMA, Bernardes Arquitetura e Estúdio Mova, compartilharam suas experiências no uso da Modelagem da Informação da Construção (BIM, na sigla em inglês). O evento conta com transmissão ao vivo pela internet (veja aqui).

 

“Com essa tecnologia, nós arquitetos e urbanistas potencializamos todo o nosso conhecimento técnico, temos um controle muito maior sobre os resultados das nossas ideias, podemos orçar e planejar com maior precisão nossos projetos, em tempo real do processo”, afirmou o conselheiro do CAU/BR Fernando Márcio de Oliveira, coordenador da Comissão de Relações Internacionais.

 

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Segundo pesquisa do Datafolha, realizada para o CAU/BR, 37% dos escritórios já usam a tecnologia BIM em suas rotinas de trabalho. Outra pesquisa, conduzida pelo site do CAU/BR, indica que a grande maioria dos profissionais pretende usar softwares BIM nos próximos dois anos. “Trabalho com BIM há dez anos e vejo evoluções. O BIM no Brasil, além do segmento privado, o governo também tem contribuído para disseminação desse novo processo”, afirmou o conselheiro do CAU/BR Emerson do Nascimento.

 

O arquiteto Alex Mortiboys, do escritório holandês OMA

 

MUDANÇAS PARA A ARQUITETURA E URBANISMO
“Quando ajuda a diminuir desperdícios, a incompatibilidade de projeto, o planejamento da obra, nos dá as ferramentas de controle de projetos”, disse o presidente do CAU/DF, Daniel Mangabeira. “O BIM não nos faz melhores arquitetos, mas melhores planejadores e coordenadores de projeto.”

 

O gerente de Competitividade do Sebrae Nacional, Cesar Ricetti, destacou que arquitetos têm um papel fundamental na sociedade, produzindo as cidades e a qualidade de vida. “O BIM traz a forma de trabalho integrado, que repercute na capacidade dos profissionais prestarem seus serviços e oferecer diferenciação de mercado, com uma construção que menos custos e mais qualidade”, disse.

 

A arquiteta Heloísa Moura, do Estúdio MOVA, de Brasília

 

O aspecto colaborativo do BIM foi reforçado pelo arquiteto Alexander Justi, presidente da CBIM. “Estamos acostumados a trabalhar de forma sequenciada, não-colaborativa. Precisamos mudar esse caminho, fazer arquitetos e engenheiros trabalharem de forma colaborativa e interdisciplinar”, afirmou.

 

Roberto Simon, vice-presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA) para as Américas, lembrou que mais da metade dos profissionais brasileiros são jovens, com menos de 40 anos, e que precisam ter acesso a essas novas tecnologias. “É uma mudança de processo de projetar, o BIM representa a possibilidade de trabalhar em conjunto, de forma multidisciplinar”.

 

O conselheiro do CAU/BR Fernando Marcio conversa com Fernando Vidal, do Perkins&Will, e Antônio Terceiro, do OrçaFácil, e Matheus D’Almeida, da Bernardes Arquitetura

 

EXPERIÊNCIAS INTERNACIONAIS NA APLICAÇÃO DO BIM
O Seminário BIM na Prática teve como destaque do primeiro dia a palestra magna de Alex Mortiboys, diretor de BIM no escritório Office for Metropolitan Architecture (OMA), com sedes em Rotterdam, Hong Kong e Nova Iorque.

 

Outros dois escritórios com atuação internacional também participaram do evento: Fernando Vidal, do Perkins&Will, e Carol Bueno e Augusto Magno, da Triptyque Arquitetura, contaram como utilizam os softwares BIM em suas rotinas de trabalho. Experiências brasileiras dos escritórios Bernardes Arquitetura, Estúdio Mova, Athié Wohnrath e Studio MRGB também fizeram parte da programação.

 

 

Confira a íntegra do evento no vídeo abaixo!

 

 

 

Uma resposta

  1. Enquanto isso na Sala de Injustiça, O SENGE-RS e o SENGE-SE disponibilizam na internet suas respectivas tabelas de honorários profissionais para execução de projeto de arquitetura.

    Para quem não conhece, os SENGE’s são os sindicatos de engenheiros. Isso mesmo: engenheiros fazendo projeto de arquitetura e disponibilizando na internet a tabela de preços para tais serviços.

    A prefeitura de Recife aprovou projeto de Arquitetura feito por engenheiro civil (eu vi e peguei no desenho com o carimbo de aprovação da PMR).

    Com a palavra, o CAU.

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