ARQUITETURA SOCIAL

TV Brasil apresenta documentário sobre arquitetura social

“Habitação não é só moradia. Habitação é a moradia mais as redes de infraestrutura, como água, luz e esgoto, mais os equipamentos comunitários – hospital e escola –, mais o acesso ao trabalho”. Com essa afirmação, o professor de arquitetura da Universidade de Brasília Luiz Alberto Gouvêa define o conceito de arquitetura social, tema do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil. A edição será exibida no dia 06 de dezembro, às 21h45.

 

Os jardins verticais no Minhocão só melhoram a saúde e abaixam os níveis de poluição no centro de São Paulo – Divulgação/TV Brasil

A Assessoria de Comunicação Integrada do CAU/BR colaborou com a pauta do programa. A equipe da TV Brasil visitou cinco capitais – Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) – a fim de mostrar projetos de arquitetura que buscam a melhoria na qualidade de vida das pessoas de baixa renda e que estão relacionados com o direito à cidade. Em Salvador, a emissora visitou a região de Novos Alagados, onde um projeto de urbanização ficou famoso por retirar famílias das palafitas, e também o Pelourinho, onde casarões antigos foram revitalizados para abrigar funcionários públicos.

 

 

 

 

Em Heliópolis (SP), a vida a partir de outra perspectiva visual, com iluminação natural em todos os lados do apartamento para famílias de baixa renda – Divulgação/TV Brasil

No Rio de Janeiro, a emissora foi ao Complexo Pedregulho, ícone da arquitetura que foi projetado para reunir moradia e serviços em um mesmo local. Em Heliópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, um conjunto habitacional projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake permite aos moradores ver o mundo de outra forma: os apartamentos são redondos e a convivência entre os moradores é incentivada em espaços que em outros condomínios seriam destinados aos estacionamentos. E no elevado João Goulart, o chamado Minhocão, há três anos jardins verticais trazem ar puro e beleza numa área predominantemente cinzenta.

 

 

Já em Brasília, primeiro conjunto urbano do século XX a ser reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1987, a equipe discutiu o projeto de expansão e urbanização das áreas periféricas. Na capital mineira, o projeto “Arquitetura na Periferia” ensina técnicas de construção e manutenção para mulheres que moram em ocupações.

 

 

 

Ficha Técnica
Reportagem: Flavia Peixoto, Paula Abritta e Priscila Kerche
Produção: Aline Beckstein,  Flavia Peixoto, Mariana Fabre, Paula Abritta e Thaís Rosa
Imagens: Gilmar Vaz, Jefferson Pastori, Milene Nunes, Rogerio Verçoza e Sigmar Gonçalves
Auxílio técnico: Alexandre Souza, Caio Araújo, Edivan Viana, Ivan Meira, João Batista Lima e Jone Geraldo
Edição de texto: Bianca Vasconcelos e Francislene de Paula
Edição de imagem e finalização: André Eustáquio, Carlos Almeida, Maikon Matuyama e Rodger Kenzo
Arte: Julia Costa

 

 

Fonte: EBC

3 respostas

  1. Ainda vejo com desencanto o resultado da tbm presente política habitacional. No final da década de 60, recém-formado, trabalhei com os primeiros conjuntos habitacionais em Salvador-BA. Discordava da proposta monofuncionalista e o desprezo da política em preocupar-se apenas com quantidade construida. Insisti na necessidade em prover áreas comerciais nos conjuntos mas dizia-se que o BNH não financiava. Como estava acostumado a morar no Centro de Salvador – área comercial – defendia a tese das atividades correlatas com a habitação nos conjuntos habitacionais. Hoje constato que a população desses conjuntos fizeram o que os planejadores não conseguiram. Impuseram o que é a realidade, mesmo desorganizada. Hoje o entorno tem comércio. Qdo vejo o MCMV sem as áreas comerciais e em locais ermos estarrece que nos meus 50 anos de profissão parece que pouco ou nada mudou! Resultado, depois dos primeiros 4 anos pedi demissão e hoje me gratifico como professor universitário ensinando projetos sustentáveis, ou seja, para o cotidiano dos moradores.

  2. Trabalhei 27 anos na Cohab,na Bahia.Tenho muito orgulho dos trabalhos que toda a equipe de arquitetos e engenheiros executaram.Tanto em Salvador quanto no interior,projetamos, construímos conjuntos habitacionais populares com muita dedicação.Era sim um trabalho social dos mais bonitos.Estudávamos as áreas de atuação,selecionávamos as famílias que iam adquirir os imóveis,tudo dentro da técnica e viabilidade social.Só ter feito tudo que fiz valeu a minha passagem por aqui,na terra.

    1. É isso mesmo, Cristina.
      Um trabalho duro que enfrenta todo tipo de limitações e burocracias, mas que dá um retorno de satisfação por trabalharmos para os que mais precisam.
      Parabéns.

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