CAU/BR

Ações da CTEG promovem a igualdade para todos

09/12/2020
Publicado às 04:53

Um dos objetivos da Comissão Temporária de Política para a Equidade de Gênero (CTEG) é promover a igualdade entre homens e mulheres em todas as instâncias organizacionais do CAU e em seu relacionamento com a sociedade. Em diversas intervenções, a comissão tem defendido que esse princípio esteja presente no cotidiano, na história, na política e na prática da Arquitetura e Urbanismo, como foi apresentado dia 08/12 na III Conferência de Arquitetura e Urbanismo promovida pelo CAU/BR.

*Comissão Temporária de Política de Equidade de Gênero (CTEG) gestão 2018-2020*

Criada em 2019, a Comissão Temporária de Equidade de Gênero do CAU/BR foi relançada em abril do mesmo ano, passando a ser denominada Comissão Temporária de Política de Equidade de Gênero e surgiu com o propósito de promover a profissão do(a) arquiteto(a) e urbanista como uma contribuição para o desenvolvimento da sociedade e para a promoção da justiça social, conforme previsto no Código de Ética e Disciplina do CAU. Também tem a atribuição de contribuir com a implementação da Nova Agenda Urbana, especialmente quanto a questões etárias e de gênero de maneira transversal em todos os seus compromissos e atuar para o alcance do 5º Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU: igualdade de gênero.

Numa categoria composta por 63,10% de mulheres (105.420), o trabalho da CTEG é também de identificar as diferenças de representatividade em diferentes âmbitos sociais, com destaque para a área de Arquitetura e Urbanismo. Suas ações se propõem a dar crédito às mulheres arquitetas que trabalham ou trabalharam à sombra dos grandes homens da história da Arquitetura e do Urbanismo; realizar os ciclos de debates “Mulheres na Arquitetura – Cidades Inclusivas para as Mulheres”, já promovidos em sete CAU/UF, mas adiados devido a pandemia da covid-19; elaborar a Política do CAU para Equidade de Gênero e consolidar a rede internacional de arquitetas e urbanistas e pesquisadoras e pesquisadores engajados na temática de gênero e Arquitetura, entre outros.

O trabalho de sensibilização tanto de homens como de mulheres na profissão tem sido uma constante nas ações da CTEG. Isso se dá, segundo a coordenadora da comissão, conselheira federal Nádia Somekh, ao fato de que a questão de gênero ainda não está assimilada por todos. “Na primeira plenária do CAU/BR que participei, defendi uma mulher como vice-presidente do Conselho e os meus colegas disseram que a questão de gênero não era importante”. Anos depois, a conselheira afirma que já se constata uma evolução, como a recriação da GTEG, por aclamação, pelo Conselho. Nádia Somekh defendeu a continuidade da comissão em caráter especial.

Com a produção do 1º diagnóstico Equidade de Gênero na Arquitetura e Urbanismo, divulgado em julho de 2020, a CTEG identificou algumas lacunas que têm sido trabalhadas para erradicar as desigualdades entre arquitetos e arquitetas como a baixa representatividade das mulheres nas entidades de classe, em premiações, em posições de coordenação e nas atividades profissionais.

A presidente do CAU/SC e coordenadora-adjunta da CTEG, Daniela Sarmento, destacou a importância do 1º diagnóstico Equidade de Gênero na Arquitetura e Urbanismo e reafirmou que a comissão, que atualmente é temporária, passe a ser especial . “Nosso próximo passo é a constituição da Política de Equidade de Gênero de forma transversal para que a gente continue tendo condições de medir a nossa evolução a partir das políticas possíveis, porque isso vai impactar diretamente o exercício profissional”, destacou.

Em continuidade às suas ações, a CTEG efetivará a campanha de sensibilização sobre equidade de gênero e um hotsite “Mulheres na Arquitetura e nas Cidades”, com temas que contribuirão para o debate sobre as diferenças entre os gêneros. A partir da instituição da CTEG na estrutura do CAU, uma ação relevante foi a criação do Dia Nacional da Arquiteta, 31 de julho.

Confira as ações da CTEG na Gestão 2018-2020