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Aos 85 anos, morre o arquiteto Benedito Lima de Toledo, historiador de São Paulo

O CAU/BR lamenta informar o falecimento do arquiteto e urbanista Benedito Lima de Toledo, um dos mais importantes historiadores da evolução urbana da capital paulista, autor do clássico “São Paulo: três cidades em um século”.

 

Casado com a bibliotecária Suzana Aléssio Toledo, ele acabara de completar 85 anos no dia 22 de julho. O falecimento se deu na madrugada de 31 de julho. Estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O velório e sepultamento ocorreram no cemitério Gethsemani.

 

Formado pela FAU/USP em 1961, foi professor titular de História da Arquitetura da graduação e pós-graduação da faculdade, para a qual deixa como herança  um acervo com cerca de 40 mil fotos, 25 mil slides e 6.500 livros. “O ideal de um professor é difundir o conhecimento. Quero que esse material fique disponível para os pesquisadores das gerações futuras, porque assim continuarei contribuindo para difundir o conhecimento”, afirmou ele ao jornal “O Estado de S.Paulo” em 2011. Ocupava a cadeira 39 da Academia Paulista de Letras.

 

Benedito Lima de Toledo foi bolsista da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa (1968). Obteve especialização em Restauro e Conservação de Monumentos Arquitetônicos na FAU/USP (1974) e na École Nationale des Ponts et Chaussées, em Paris (1983), com patrocínio da UNESCO.

 

 

Em “São Paulo: três cidades em um século”, Benedito Lima de Toledo mostrou como a capital paulista cresce e se modifica a uma velocidade tão grande que, de uma geração a outra, os jovens não conhecem arquitetonicamente a cidade onde viveram seu antepassados recentes. “A cidade de São Paulo é um palimpsesto – um imenso pergaminho cuja escrita é raspada de tempos em tempos, para receber outra nova. São Paulo é assim porque aqui não se constrói para os lados, mas sim em cima da demolição do que se edificou antes”.

 

Além de artigos publicados em jornais e revistas, ele é autor de vários outros livros,  como “Álbum iconográfico da Avenida Paulista” (1987), “Anhangabaú” (1989), “Prestes Maia e as origens do urbanismo moderno em São Paulo” (1996). Em 1981, publicou “O Real corpo de Engenheiros na Capitania de São Paulo, destacando-se a obra do Brigadeiro João da Costa Ferreira”, sua tese de doutoramento na FAU/USP.

 

Partiu de Benedito Lima de Toledo a ideia de realização de um concurso público para a revitalização do Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo, na década de 80. Na época, a Prefeitura apresentara projetos polêmicos para a remodelação da área e o arquiteto, em campanha que contou com a ajuda do jornalista Júlio Moreno, do “Jornal da Tarde”, acabou por dobrar a resistência para mudança de planos do prefeito Reinaldo de Barros e assessores. O concurso foi organizado pelo IAB/SP, saindo-se vencedora a proposta dos arquitetos e urbanistas Jorge Wilheim e Rosa Grena Kliass que transformou o vale em um bulevar de 43 mil metros quadrados, com o tráfego de automóveis ficando abaixo e recriando a área verde entre os viadutos do Chá e Santa Ifigênia.

 

Benedito Lima de Toledo foi um dos responsáveis, juntamente com o arquiteto Carlos Lemos,  pelo levantamento dos edifícios de valor cultural do centro de São Paulo, em 1974, a pedido do engenheiro João Evangelista Leão, então titular da Coordenaria Geral do Município, ligada ao gabinete do prefeito. O estudo deu origem a uma lei de preservação da região, de 1975, a primeira do Patrimônio Histórico de São Paulo. Também foi um dos que mais batalhou pela preservação da Vila Itororó, no tradicional bairro do Bexiga, tendo realizado em 1974, em parceria com o arquiteto Décio Tozzi.  um projeto de restauro para o conjunto formado por um palacete “surrealista” e dezenas de casinhas. O projeto foi parcialmente executado em 2014.

 

Jovem professor, entre 1966 e 1971, Benedito Lima de Toledo levou vida de arqueólogo, embrenhando-se semanalmente todo fim de semana no alto da Serra do Mar e, equipado de facão de mateiro e botas grossas de couro, em busca de resquícios da Calçada do Lorena, primeiro caminho pavimentado a ligar São Paulo e Santos, construído em 1792. “Era uma obsessão que eu tinha. Não entendia como o caminho poderia estar perdido, já que nossa vida no planalto, historicamente, sempre esteve tão ligada à costa”, explicou. O encontro das primeiras pedras permitiu recolocar no mapa todos os 700 metros da Calçada, utilizada, por exemplo, por d. Pedro I na subida ao planalto para proclamar a Independência. Suas expedições urbanas pela cidade de São Paulo permitiram igualmente importantes registros fotográficos e desenhos de bens culturais que, com o passar dos tempos, desapareceram da paisagem.

 

Outros livros e textos publicados com colaboração foram “São Paulo: Belle Époque”, com desenhos Diana Danon” (1974);  “A imperial cidade de São Paulo vista por Militão”, no “Album comparativo da cidade de SãoPaulo, 1862- 1887” (1981); “São Paulo: registros 1899-1940”, com José A. V. Pontes, com fotos do Acervo Eletropaulo (1982); “Do séc. XVI ao início do séc. XIX: maneirismo, barroco e rococó”, em “História geral da arte no Brasil. São Paulo” (1983); “Frei Galvão: um arquiteto paulista”, em “Museu de Arte Sacra. Mosteiro da Luz” (1987); “Calixto e a iconografia paulistana”, em “Pinacoteca do Estado, São Paulo – Benedito Calixto: memória paulista” (1990); “O edifício na cidade: uma visão urbanística”, em “Museu Paulista: um monumento no Ipiranga” (1997); “A cidade de Santos: iconografia e história”, em “Revista USP, São Paulo. Engenho dos Erasmos” (1999) e ‘Robert Chester Smith e a arquitetura no Brasil”, em “Robert C. Smith (1912-1975). A investigação na História da Arte” (2000).

 

 

 

Benedito Lima de Toledo em muito contribuiu para a documentação que levou à santificação de Frei Antônio de Sant´Anna Galvão, o primeiro santo brasileiro. Em seu livro “Frei Galvão – Arquiteto”, ele mostrou que religioso foi um foi exímio arquiteto, mestre de obras e taipeiro, o que lhe valeu uma homenagem do IAB/SP. O Mosteiro da Luz, obra que vem resistindo ao tempo, e sua posição no urbanismo paulistano constituem os assuntos do livro.

 

 

Benedito Lima de Toledo era detentor de prêmios e outras distinções, destacando-se entre outros: Prêmio Pero Vaz de Caminha, concedido pelo governo português (1969); Medalha de ouro da Prefeitura de São Bernardo do Campo, em reconhecimento aos estudos e levantamentos feitos sobre a área da Serra do Mar e respectivos monumentos (1975); Voto de reconhecimento e gratidão, aprovado por unanimidade pelos membros do CONDEPHAAT, pelos relevantes serviços prestados em prol da causa da preservação do patrimônio histórico e ambiental do Estado de São Paulo (1987); Medalha comemorativa Rodrigo Melo Franco de Andrade (50 anos do SPHAN), por trabalhos atuantes na defesa de nossa memória e cultura (1987); Prêmio CLIO de História da Arquitetura Urbana pelo livro “Álbum iconográfico da Avenida Paulista” – Academia Paulista de História/ SP (1989); Agraciado com o Colar do Centenário pela obra “Prestes Maia e as origens do urbanismo moderno em São Paulo”, selecionada como a melhor obra publicada no Estado de São Paulo, na Área de História. Concedido pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (1997).

 

Em 2013, o arquiteto foi agraciado com o Prêmio Jabuti (1o. lugar em Arquitetura e Urbanismo) pelo livro “Esplendor do Barroco Luso-Brasileiro”.

 

O arquiteto era filiado à ANPAP (Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas); ao CBHA (Comitê Brasileiro de História da Arte”; ao CIHA (Comité Internacional dHistoire de lArt, da França); ao ICOMOS – Internacional Council of Monuments and Sites, da França e Brasil) e à Sociedade Brasileira de Estudos do Século XVIII.  Era também consultor “ad-hoc” das instituições CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (DF); CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (DF); e  FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (SP). Era membro do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo

 

Nos últimos anos, vinha realizando vários trabalhos de peritagem e consultoria a instituições e órgãos governamentais, na área da arquitetura e em projetos de preservação, restauração e reconversão de bens culturais.

 

REPERCUSSÃO

 

O falecimento de Benedito Lima de Toledo causou comoção não apenas entre os colegas de profissão.

 

Nádia Somekh, conselheira federal do CAU/BR por São Paulo: “A Carta de Veneza, documento de 1964 do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos), amplia a noção de monumento histórico, estendendo-a não só a grandes criações, mas também a ‘obras modestas que tenham adquirido significação cultural’. Uma década depois, o curso da FAU-USP sobre restauração e conservação de monumentos arquitetônicos, em parceria com o IPHAN e o Condephaat, analisou o documento e referenciou a demanda municipal de proteção de conjuntos urbanos. Benedito Lima de Toledo e Carlos Lemos fizeram um levantamento de cerca de 1.500 bens de significado cultural a serem protegidos, a pedido da Coordenadoria Geral de Planejamento (COGEP) da PMSP. Em 1975, isso deu origem às zonas especiais Z8-200 e à lei 83285, de preservação da região. Eu era estudante e estagiária da COGEP. Fomos juntos de helicóptero para esse levantamento das Z8-200, primeira iniciativa de proteção do Município de São Paulo. Benedito Lima de Toledo foi um inovador. Não só na iniciativa pioneira de proteção do Patrimônio Cultural. No seu livro ‘São Paulo: Três cidades em um século”, propôs pela primeira vez uma periodização da evolução da cidade de São Paulo a partir da Arquitetura, seus edifícios e técnicas construtivas: taipa, tijolo e concreto. Professor da FAU-USP por mais de 30 anos, foi responsável pela formação de pessoas que aprenderam a conhecer e a valorizar a história e a memória das cidades. Seus livros sobre Prestes Maia e sobre a Avenida Paulista desvendaram e aprofundaram outros fragmentos essenciais da cidade de São Paulo. Amante da fotografia, além do seu acervo pessoal de 40 mil fotos e slides, também era um dos maiores colecionadores de cartões postais, com os quais revelava a história dos palimpsestos, metáfora que utilizou nos seus livros. Para a Vila Itororó, valorizada a partir do inventário de Bens Culturais em 1974, adotou a terminologia de ‘Casa Surrealista’. Estive ultimamente com o Professor Benedito Lima de Toledo, quando participou do debate sobre o Parque Augusta e da Semana do Patrimônio, organizada pela Departamento do Patrimônio Histórico. Na sua palestra na Semana do Patrimônio, já com a saúde debilitada, teve que se retirar antes do debate, mesmo tendo feito questão de participar. Sempre trazendo informações novas sobre a história de São Paulo. Com uma vida voltada para a valorização do Patrimônio Cultural, também era um democrata, como atesta a sua participação no movimento Diretas Já.”

 

Nivaldo Andrade, arquiteto e urbanista, presidente do IAB/DN: “Benedito Lima de Toledo ficou conhecido principalmente pelo seu inigualável trabalho sobre a história urbana e a arquitetura de São Paulo e sobre a preservação do patrimônio cultural, tendo se tornado uma das referências nestes temas. Foi dele a ideia, no início dos anos 1980, de realizar um concurso público para a revitalização do Vale do Anhangabaú, vencido por uma equipe formada, dentre outros, por Jorge Wilheim e Rosa Kliass. Aquela foi uma ação que mudou a paisagem do centro de São Paulo e foi uma das primeiras experiências no Brasil de retorno à priorização dos pedestres nos espaços públicos, após o processo de ‘rodoviarização’ que caracterizou nossas cidades a partir de meados do século passado. Aquele concurso foi organizado pelo IAB, e nosso Instituto se orgulha imensamente de tê-lo tido entre seus sócios.”

 

Décio Tozzi, arquiteto e urbanista: “O Benedito foi uma das figuras mais importantes da cultura brasileira. Era um historiador muito rigoroso. Em nossa colaboração para o projeto de restauro da Vila Itororó, a contribuição dele foi essencial porque foi um trabalho de restauro histórico, em que ele já tinha feito todo um trabalho de pesquisa, e que infelizmente não foi bem aproveitado”.

 

Lúcio Gomes Machado, professor do Departamento de História da Arquitetura e Estética do Projeto da FAU-USP: “Ele foi um dos mais importantes professores de História da Arquitetura, um grande pesquisador, e que foi também uma das bases fundamentais para o departamento de história e estética da Arquitetura da FAU-USP. Tem obras notáveis sobre a História da Arquitetura de São Paulo e da Arquitetura brasileira”.

 

Gilberto Belleza, arquiteto e urbanista, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e ex-presidente do CAU/SP: “É uma perda enorme, porque foi um grande historiador da Arquitetura paulista e brasileira. Tinha uma grande capacidade de produzir obras de importância, como ‘São Paulo: três cidades em um século’, em que ele conta a história da construção e da reconstrução da cidade de São Paulo. É interessantíssimo e um de seus livros importantes. Quando fizemos a curadoria da 7ª Bienal de Arquitetura [2007], reservamos uma sala especialmente para a obra do Benedito Lima de Toledo, e foi uma homenagem muito importante para ele”.

 

Renato Nunes, arquiteto e urbanista: “Fomos contemporâneos na FAU/USP. Sempre muito estudioso, pesquisador já como aluno e por isso mesmo muito contestador e contestado. Mas sempre íntegro e leal. Sua presença na cultura está definitivamente registrada”.

 

Luiz Augusto Contier, arquiteto e urbanista: “Benedito foi um extraordinário arquiteto, professor, historiador, acadêmico (APL), e entre outros feitos, foi o principal da causa de santificação do Frei Galvão, agora santo brasileiro, padroeiro dos arquitetos brasileiros. Uma grande pessoa e um gentleman, de quem tive o privilégio de ser aluno na graduação”.

 

Sarah Feldman, Professora Livre Docente Sênior do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo: “Na vasta obra de Benedito Lima de Toledo, destaco o levantamento realizado com Carlos Lemos, em 1974, de edifícios e conjuntos urbanos em São Paulo para subsidiar a ação de preservação do recém-criado órgão de planejamento do governo municipal, a Coordenadoria Geral de Planejamento (Cogep). Esse trabalho, ao mesmo tempo em que ampliou a noção de monumento histórico, incorporando obras modestas como de interesse histórico ou cultural, em sintonia com os princípios da Carta de Veneza de 1964 e da Declaração de Amsterdã de 1975, foi decisivo para incorporar o patrimônio no planejamento das áreas urbanas e do planejamento físico territorial da capital. ”

 

Paulo Markun, jornalista: ” O arquiteto Benedito Lima de Toledo se encaixa naquele tipo de pessoa que não é necessário melhorar o perfil depois de sua morte. Sempre foi um gentleman, um estudioso de São Paulo e da arquitetura, um paciente e dedicado entrevistado, capaz de aturar jovens jornalistas como eu, no início dos anos 70 e veteranos em busca do depoimento indispensável sobre a Vila Itororó, quase 50 anos mais tarde – minha última conversa com ele é parte do documentário da série Arquiteturas, para o SESCTV.  Pousada a caneta. Desligado o gravador e a câmera, Benedito continuava gentleman, bem humorado, atencioso, preciso. Nunca perdeu a paciência, me dava a impressão. Jamais desistiu de algumas batalhas, quase quixotescas, como a de imaginar que pudéssemos olhar para o passado com carinho e atenção e construir cidades e sociedades mais justas, mais humanas. Não é só a arquitetura brasileira que perde um defensor. É mais do que isso”.

 

Júlio Moreno, jornalista, atual Chefe da Assessoria de Comunicação do CAU/BR: “É mandatório do jornalismo um distanciamento das fontes em nome da isenção. No caso de Benedito Lima de Toledo para mim foi impossível sustentar essa regra. “Repórter de cidade” iniciante no Jornal da Tarde, nos primeiros anos da década de 70, ele foi mais do que uma fonte, foi um professor que ensinou com fraternidade como “ler” a cidade com base em sua arquitetura e planos urbanos.  Dedicava-me longas horas de entrevistas em seu escritório da avenida Brigadeiro Luis Antônio, muitas vezes seguidas de um jantar em sua casa, com a agradável companhia do pai. Acompanhei de perto o levantamento que deu origem à Z8-200, responsável pela preservação do centro de São Paulo. O jornal, conhecido pelo seu projeto gráfico de vanguarda, e por abrir vantajosos espaços para os assuntos da cidade, publicou duas páginas inteiras com fotos de todos os bens listados, material que depois virou referência em muitas escolas de Arquitetura e Urbanismo.  No caso da reurbanização do vale do Anhangabau, o JT encampou a ideia do Benedito em defesa de um concurso público e iniciamos uma campanha com notícias quase que diárias a respeito. Tive a sorte de ter sido seu parceiro nessa briga. Devo contar, com orgulho, que toda vez que cruzava com o prefeito Reinaldo de Barros eu lhe perguntava se acataria ou não a ideia do Benedito. Ele sempre negou até que um dia, em seu gabinete, eu disse que faria a pergunta pela última vez.  E ele, para minha surpresa, disse sim. A vibração de alegria de Benedito, quando lhe dei a notícia, ficará para sempre entre outras boas lembranças que guardo dele”.

 

Maria Folgato, jornalista: “Ele me ajudou em muitas pautas. Quanta sabedoria”.

 

Carlos de Oliveira, jornalista: “Benedito me ajudou demais em matérias sobre São Paulo”.

 

Regina Elena Teixeira, jornalista: “Tenho seus livros sobre a Avenida Paulista e Anhangabaú muito bem guardados. Entrevistá-lo era garantia de maravilhosas aulas sobre a história de São Paulo”.

 

Pedro Luiz Autran Ribeiro, jornalista:  “Triste. Uma pessoa que vai fazer muita falta para esta cidade que ele, sem dúvidas, amou”.

 

Liana John, jornalista: “Muito triste. Cheguei a percorrer vários prédios e pontos históricos de São Paulo, em sua preciosa companhia, para matérias para Agência Estado”.

 

Vera Magyar, jornalista: “Culto, elegante, educadíssimo. Um gentleman. Sobraram poucos como ele”.

 

Eliana Silva Haberli, jornalista: “Quantas informações e quanta inspiração o Toledo compartilhou com a gente! Obrigada, professor”.

 

Regina Ricca, jornalista: “Fiz muitas matérias com ele. Conhecia e amava SP como poucos”.

 

Sérgio Vaz, jornalista: “Isso é que é perder parte da História de São Paulo!”

 

Jorge Eduardo Barella, jornalista: “Ótima fonte, sempre solícito, educadíssimo e de uma cultura refinada. Grande perda.”

 

Celia Maria Tanure Romano, jornalista: “Muito triste presenciar perdas como essa. O Benedito também me ajudou muito nas matérias sobre São Paulo, no Estadão. Era uma fonte preciosa, sempre disponível, paciente, entusiasmado, além da simpatia e doçura no trato. Incansável em denunciar o descaso dos órgãos públicos com o patrimônio urbano da cidade e propor soluções para sua preservação. Cumpriu muito bem seu papel aqui entre nós. Siga em paz! ”

 

Arriet Chahin, jornalista: “ Triste perder uma pessoa que ajudou tanto na nossa história”.

 

Marli Gonçalves, jornalista: “Benedito foi muito importante! Para todos nós da imprensa. Fez época”.

 

Luciano Limas Ornelas, jornalista: “Qualquer pauta com o Benedito tinha retorno garantido.  E sempre ótimo. A história da cidade se vai um pouco com ele”.

 

Gilberto Nahun, jornalista: “O professor Benedito nos ajudava a cumprir todas as nossas pautas”.

 

Valdir Sanches, jornalista: “Benedito me atendeu inúmeras vezes, e suas informações resultaram em reportagens com substância às vezes excepcional. Sua partida representa grande perda”.

 

O Comitê Executivo do UIA 2020 RIO prestou um tributo à memória de Benedito Lima de Toledo em sua página oficial. Confira aqui.

 

Clique no vídeo abaixo para acessar entrevista de Benedito Lima de Toledo sobre a Avenida Paulista, concedida para “Verso Paulista”, da Associação Paulista Viva.

 

 

Clique aqui para acessar entrevista de Benedito Lima de Toledo sobre a evolução urbana de São Paulo. Fonte: Blog da Garoa, TV Estadão, 2009.

 

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7 respostas

  1. Triste notícia. Tive a oportunidade e felicidade de o conhecer na FAUUSP quando fui aluno especial nessa instituição. Nessa altura desenvolvi um projeto para o Vale do Anhangabaú. Paz à sua alma!

  2. Uma perda enorme , com um vasto conhecimento da história de nossa cidade com livros interessantíssimos !! Sinto pelo sua família .

  3. Sou Mackenzista me formei em 1970 e tive a oportunidade como todos os pares, de te-lo como professor de”História da Arquitetura”. Ele nos confiou inúmeros levantamentos de imóveis de grande valia para que pudéssemos entender o que estava acontecendo na arquitetura brasileira e ampliar o acervo. Com sua sabedoria, cultura, conhecimento e entusiasmo nos ensin ou o outro lado, evolução constante, introduzindo o desejo do passado pouco valorizado e destruído. Um professor raro que nos adotava e ao mesmo tempo um orgulho da sua presença e atuação. Estará sempre presente com seus livros, comentários,crônicas e entrevistas.
    Edison José Alves Antunes – mestre p Fac. Arquitectura do Porto.

  4. que triste. Tive a honra de ser sua aluna e confirmo tudo que foi dito acima. Gentleman, simpático, cheio de saber sobre minha querida cidade.

  5. Uma triste perda. Nós, ex alunos do professor da FAU-USP, turma formada em 1982, sentimos imensamente sua partida.

  6. A ARQUITETURA E URBANISMO PAULISTA, MAS NÃO SÓ, A BRASILEIRA, PERDERAM UM DEDICADO MESTRE A PESQUISAR E AMPLIFICAR O CONHECIMENTO DE COMO SOMOS CIDADÃOS, POR VIVERMOS EM CIDADES. NO FUNDO PERDEMOS TODOS NÓS.
    TIVE O PRAZER DE UMA SUA AULA NÃO RECORDO SE NO 7º OU 8º SEMESTRE NA FAUBC, EM QUE DESENVOLVERÍAMOS, EM EQUIPE, UM TRABALHO DE REQUALIFICAÇÃO URBANA DE PARTE DO BEXIGA. UMA AULA FANTÁSTICA QUE NOS FEZ “VIAJAR” NO TEMPO. ELE ENALTECEU OS “CAPOMASTRI”, (MESTRES DE OBRAS) ITALIANOS QUE MUITO CONTRIBUÍRAM PARA CONSTRUÇÃO DA CAPITAL PAULISTA NA ÁREA CENTRAL A SER ENTÃO EXPANDIDA.

  7. ARQUITETURA E URBANISMO. GRANDES NOMES E FIGURAS ILUSTRES.
    Ronald Almeida SLZ-MA 31jul2019
    Email. [email protected]
    *******
    Lamentamos o falecimento de Benedito Lima de Toledo (22.07.1934-31.07.2019), um dos mais renomados professores e pesquisadores da História da Arquitetura e da Evolução Urbana no Brasil. Dentre suas obras, destaca-se “São Paulo: três cidades em um século”. Obrigado professor, pelo legado inspirador!
    ******
    AO MESTRE COM CARINHO: BLT NO MARANHÃO.
    Fui apresentado ao gentleman BENEDITO LIMA DE TOLEDO em São Paulo (c.1998) pelo saudoso, inteligente e tão brilhante quanto discreto e modesto historiador francês JEAN-PIERRE HALEVY, nosso muito querido e admirado consultor geral para montagem do Dossiê da Proposta do Governo do MA à UNESCO (1996-97).
    *****
    BLT estava fazendo preleção na Bienal de Arquitetura se São Paulo e lá iniciamos excelentes conversações sobre a ARQUITETURA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO em geral e São Luís em particular.
    *****
    BLT fez pelo menos dois projetos importantes no Centro Histórico de São Luís:
    1) uma agência bancária do UNIBANCO na Rua da Paz, em antiga e nobre residência;
    2) uma segunda agência bancária na Praça JOÃO LISBOA; no imponente sobrado que ombreia com o do antigo MOTO BAR.
    *****
    Tive a honra de ser convidado a visitar o estúdio particular de BLT em sua residência e almoçamos / jantamos algumas vezes na frondosa praça da gastronomia paulistana.
    *****
    Com a Partida Final de BLT, a civilidade, a finesse e a arquitetura brasileira perdem um dos seus mais renomados mestres, um Drummond da literatura arquitetônica e eu perco uma das amizades diletas que a ampulheta dos tempos pretéritos me fez admirar cada vez mais.
    *****
    Abraços meu mestre BENEDITO LIMA DE TOLEDO. SUA obra e sua imagem se eternizam no Panteão da Arquitetura do Brasil.
    Ronald Almeida SLZ-MA 31jul2019.
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