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Arquitetos e urbanistas debatem exercício profissional e empreendedorismo

Os arquitetos e urbanistas e conselheiros do CAU/BR Nikson Dias, de Roraima, e Ricardo Fonseca, de Santa Catarina, apresentaram na web dicas para futuros e novos profissionais da Arquitetura. Com trajetórias marcadas por diferentes experiências, eles abordaram temas como gestão de escritórios de Arquitetura e Urbanismo, gentileza urbana, desafios da profissão e empreendedorismo, entre outros, na live promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Roraima, no dia 9.

 

 

 

 

Sobre a importância da profissão, Ricardo avalia que é preciso conjugar vários fatores e que do CAU/BR tem feito várias ações nacionais, por meio da sua Comissão de Política Profissional, como o desenvolvimento da Assistência Técnica de Habitação de Interesse Social (ATHIS). “É um esforço mínimo no cenário nacional e grande dentro do CAU, pois já proporcionou uma abertura para a atuação do profissional em muitas cidades. Visitei vários lugares, juntamente com outros colegas, levando essa mensagem e percebendo o olhar do cidadão que precisa de alguém para lhe dizer qual a melhor posição da janela, da escada, como fazer a drenagem da água que corre numa escadaria e como fica satisfeito com a orientação técnica”, informou.

 

Na Athis, Ricardo Fonseca defende que o arquiteto e urbanista precisa ser remunerado. “Nessa engrenagem, para que todos saiam ganhando, é preciso ter o aporte do governo para financiar os projetos e para as pessoas adquirirem o material. O CAU/BR fez esse caminho e conquistou essa possibilidade: o serviço do arquiteto pode ser contratado via o financiamento do ContruCard”, ressaltou.

 

Para os estudantes de Arquitetura e Urbanismo, os experientes profissionais destacaram a importância do estágio como oportunidade para aprender como fazer, mesmo que não seja num ambiente de trabalho em que o futuro profissional atuará pelo resto da vida. Os estágios são as melhores escolas para os estudantes de Arquitetura e Urbanismos, indicou Ricardo Fonseca.

 

Construir uma rede de relacionamentos ainda na faculdade também foi sugerido pelo profissional, pois avalia ser possível que alguns colegas se tornem futuros parceiros de trabalho. Para Ricardo, é importante também respeitar os professores pela bagagem e trajetória que possuem. “Todas as relações que você faz na sua trajetória têm um impacto na sua conquista futura”, enfatizou.

 

 

 

 

Apostar na atualização profissional, com foco em questões afins com a profissão como tecnologia e economia foi outra recomendação do também empresário Ricardo Fonseca para os recém formados. Ele destacou, ainda, que se o profissional trabalha na construção civil, deve frequentar a obra e conversar com o mestre, carpinteiros e outros profissionais para adquirir mais experiência.

 

“Todo cliente que procura o arquiteto e urbanista quer algo diferente e você precisa ter know-how para apresentar uma proposta que atenda aos interesses dele e, também, estar sempre atento às decisões que serão tomadas ao seu redor”, recomenda Ricardo.

 

Ainda para os novos arquitetos e urbanistas, Ricardo reafirma a importância da atuação ética, inclusive no relacionamento com os colegas. “O que hoje é uma concorrência amanhã pode ser uma grande parceria. Ao estabelecer essas relações com lealdade e fidelidade, o mercado só tem a ganhar e você colherá muitos lucros com isso”, destaca.

 

Outra dica do arquiteto e urbanista é sempre manter um “braço” atuando na parte da execução de obras. Ter uma equipe ou se envolver numa empresa que tenha uma correlação com o mercado da construção civil. O arquiteto e urbanista Nikson Dias destacou a importância de os colegas empreenderem e acreditarem no mercado da construção civil, setor que registrou 84% de confiança no início deste ano, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas.

 

Outro importante caminho apontado por Ricardo Fonseca para o empreendedorismo é a gentileza urbana. Sua empresa realizou a ação comunitária – a Artcom -, que reuniu grafiteiros e a comunidade para pintar muros e escadas da região onde seu escritório está instalado. O trabalho tornou os espaços mais agradáveis, e outras comunidades se interessam em replicar a ação em suas localidades, como forma de elevar a autoestima dos moradores. “Paralelo a isso começamos a fazer algumas construções qualificando e mostrando que não é porque estamos nesse lugar que não podemos ter uma Arquitetura de qualidade e que não precisa custar caro”, ressaltou.

 

Coisas simples que como colocar um contentor de lixo para o cidadão saber que não pode largar o lixo na rua, fazer um passeio acessível, colocar uma marquise para a proteção da chuva são pequenas gentilezas urbanas que na avaliação de Ricardo “irradiam ações bacanas pela região e é bastante satisfatório”.

 

Com esse trabalho, até quem não sabe quais são as atribuições do arquiteto e urbanista pode perceber que ele precisa estar presente na qualidade de vida das pessoas. “São ações como essas, uma espécie de pro bono, que podem melhorar a vida das pessoas, o bairro e dar publicidade ao trabalho do arquiteto”, ressalta Nikson Dias.

 

Acesse a íntegra da live aqui!

 

Acesse outras resenhas de webinars e debates sobre CIDADE E HABITAÇÃO PÓS-PANDEMIA em: https://caubr.gov.br/lives-e-webinars-especial-o-futuro-das-cidades-e-habitacoes-pos-pandemia/

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