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CAU Brasil critica uso inapropriado da palavra Arquitetura na CPI da Pandemia

O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil posicionou-se de forma assertiva junto aos integrantes da CPI da Covid-19 contra a  utilização da expressão ‘arquitetura do crime” surgida em meio às investigações empreendidas pela Comissão e reproduzidas na mídia nacional.

 

“É certo que o conceito foi utilizado de forma totalmente inadequada em troca de mensagens entre investigados, não nas palavras dos senhores e das senhoras.  De qualquer maneira, o CAU Brasil conta com a compreensão dos membros da Comissão para que a expressão não seja perpetuada no relatório final da CPI quando houver, no texto a ser assinado pelos senhores e senhoras, referências a supostos esquemas ou articulações para o cometimento de atos ilegais” – diz ofício enviado aos senadores Omar Aziz (Presidente da CPI da Covid-19), Randolfe Rodrigues (Vice-Presidente) e Renan Calheiros (Relator)

 

O ofício, assinado pela presidente do CAU Brasil, Nadia Somekh, manifesta em seu parágrafo inicial a esperança de que conclusões da CPI cheguem aos responsáveis por supostas omissões e irregularidades que colaboraram para a disseminação da pandemia no país e, sobretudo, garantam a melhoria da saúde da população brasileira. Após declarar preocupação com a associação inapropriada da palavra Arquitetura com atos ilegais, o ofício prossegue:

 

“A Arquitetura, como aliás já foi lembrado nesta CPI, é uma profissão honrada que muito têm contribuído para o desenvolvimento do país, inclusive no que diz respeito à saúde pública”. 

 

Nesse contexo, a correspondência ressalta o esforço que o CAU Brasil tem feito, em manifestações e campanhas públicas, “a respeito do valor do trabalho dos arquitetos e arquitetas como agentes de transformação social na concepção e construção de moradias saudáveis e dignas. O Manifesto em Defesa de Moradia Digna, divulgado em julho último, no 27º. Congresso Mundial de Arquitetos (UIA2021RIO), explicita bem isto”

 

“Arquitetura desde sempre significou construir, abrigar, acolher, no mais nobre sentido dessas palavras, concebendo espaços físicos para os diferentes tipos de atividades humanas. Repudiamos qualquer deturpação deste significado” – finaliza o documento

 

 

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4 respostas

  1. Conselhos de classe, sempre atentos às necessidades mais urgentes dos profissionais, só que não.
    As vezes o pessoal está louco na problematização.

  2. O mau uso do termo Arquitetura, que designa uma profissão regulamentada, é uma prática que se repete sistematicamente, não somente neste contexto negativo, mas também eu atividades que nada têm a ver com a profissão, como especialidades na Área de TI e engenharia, por exemplo. É modismo, é passageiro, mas está na hora do CAU e Sindicatos se posicionarem a respeito dessa apropriação indevida que vem causando muita confusão. Assim como o termo Engenharia, há tempos atrás passou por uma onda deste tipo e foi diferenciado com especificações como Engenharia de Produção, Engenharia de Alimentos, reengenharia, e outros, estas nomenclaturas precisam ser sistematizadas.

  3. Essa CPI foi instaurada para desrespeitar os profissionais de direito, de medicina,… Para fazer pouco caso do sofrimento dos Judeus, pra ameaçar prender depoentes, aterrorizar funcionário de empresas e desinformar a população. Os conselhos de Arquitetura, Medicina, Direito devem se unir e juntos, entregar uma notificação ao Senado, pedindo que a Casa tome as devidas medidas para que o “circo de horrores e desrespeito” não voltem a acontecer, e que não seja prática comum nestas instituições públicas.

  4. É muita falta do que se ocupar…
    Só na cabeça do CAU essa citação ofenderia a profissão. Para mim o que ofende é a postura do CAU. Os arquitetos não merecem um conselho sem direção, sem foco. Sem saber o que fazer, o CAU vive de criar polêmica. Já não basta o vexame que estamos passando com a resolução 51?

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