O arquiteto chileno Alejandro Aravena, vencedor do Prêmio Pritzker 2016, o Oscar da arquitetura, defendeu o projeto e o planejamento urbano como elementos indutores do desenvolvimento em palestra na terceira Conferência sobre Habitação e Desenvolvimento Sustentável (Habitat III), que aconteceu na semana passada em Quito, Equador.
Aravena contestou o senso comum de que para ser ter boas cidades é preciso que antes haja desenvolvimento. “Para rever esse paradigma, as cidades precisam ser desenhas seguindo legislações urbanas corretas, com planos de financiamento coerentes e planejamento”, afirmou.
Ao tratar dos planos de financiamento, o chileno considerou a população como fonte de recursos. Normalmente, o planejamento considera apenas duas fontes: o Estado e o mercado. “A população pode sim ser incluída como fonte financeira”, defendeu Aravena, que também destacou a importância de o projeto da cidade conseguir equalizar bem a proporção entre os espaços público e privado.
A Habitat III reuniu delegações de mais de 142 países, que discutiram e aprovaram a Nova Agenda Urbana, entre os dias 17 e 20 de outubro. Entre as principais disposições do documento, está a igualdade de oportunidades para todos; o fim da discriminação; a importância das cidades mais limpas; a redução das emissões de carbono; o respeito pleno aos direitos dos refugiados e migrantes; a implementação de melhores iniciativas verdes e de conectividade, entre outras.
FONTE: IAB/ RJ
Uma resposta
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O que as Cidades precisam, é de mais ARQUITETOS, mais URBANISTAS e menos cargos “de confiança”.
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No quesito Gestão Pública, os tais “paus mandados”, são as verdadeiras pragas que acabam com as cidades…
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