EQUIDADE DE GÊNERO

Conselheiras do CAU/PB: dedicação por amor à profissão

As sete conselheiras do CAU/PB são as grandes homenageadas do conselho pelo Dia Internacional da Mulher em 2020. Nesta gestão, que se encerra este ano, o CAU/PB possui seis conselheiras estaduais, sendo três titulares e três suplentes e uma conselheira federal suplente. São elas: Sílvia Regina Muniz M. Henrique dos Santos, Amélia de Farias Panet Barros, Julliana Queiroga de Lucena, Sônia Matos Falcão, Mayrla Janine Diniz Souto Maior Catão, Renata de Sousa e Nóbrega e Cristina Evelise Vieira Alexandre.

 

“Ser conselheiro é dedicar o seu tempo a um cargo honorífico, ou seja, sem direito a remuneração, exclusivamente por amor à profissão. Além disso, o conselheiro deve ter uma conduta ética, com responsabilidade e postura perante os colegas nas reuniões plenárias e nas reuniões das comissões às quais faz parte. Nesse sentido, posso dizer que temos muita sorte pelas conselheiras desta gestão, que estão sempre atuantes e dispostas a exercer o compromisso firmado com o Conselho”, enfatizou o presidente do CAU/PB, Ricardo Vidal.

 

O pleno exercício do mandato de conselheiro envolve condições indispensáveis, como conhecimento, dedicação, comprometimento, disponibilidade e participação. Os conselheiros devem seguir as regras de funcionamento da autarquia, destacando a missão de promover a Arquitetura e Urbanismo para todos.

 

Abaixo segue um pouco da vida profissional das arquitetas e urbanistas homenageadas pelo CAU/PB este ano:

 

 

 

Sílvia Regina Muniz M. Henrique dos Santos

 

Desde criança, Silvinha, como é carinhosamente conhecida pelos colegas no CAU/PB, gostava muito de observar os edifícios e tentava fazer juízo de valor, dentre os observados, a partir da expectativa diante dos espaços. “Isso ficou mais evidente, principalmente, depois de vivenciar a residência de uma prima muito próxima, projetada por um arquiteto de grande importância na época, que, coincidentemente, veio a ser meu professor”, contou.

 

Sílvia Muniz cursou Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e este ano completa 30 anos de formada. Foi também na UFPB que ela fez o mestrado na área de Projeto do Edifício. “Desde que me formei trabalho desenvolvendo projetos de Arquitetura do Edifício e de Interiores. Além disso, nos últimos 17 anos, até o ano de 2019, também fui docente na graduação do curso de Arquitetura do Centro de Ensino Unipê”, destacou Silvinha.

 

Sobre os desafios da profissão nos dias atuais, Silvinha citou o arquiteto Siegbert Zanettini. “Corroborando o pensamento de Zanettini, diria que fazer arquitetura hoje é projetar com retidão, associando conhecimentos científicos, mais racionais, ao conjunto de variáveis do mundo sensível das ideias e da criação, na busca constante da essência, do equilíbrio e do harmônico, num desafio contínuo, para procurar alcançar a excelência formal e funcional, considerando a relação econômica-construtiva, objetivando o atendimento às satisfações físicas, e psíquicas dos indivíduos que dela usufruem”.

 

Sobre o trabalho desenvolvido no CAU/PB, Silvinha destacou a importância do conselho não apenas para a sociedade mas para todos os profissionais. “O Conselho tem um papel muito importante não só à sociedade, como também aos profissionais que exercem dignamente seu ofício, buscando zelar pela ética e disciplina, além de coibir as más práticas e o exercício ilegal da profissão, que tanto desmerecem e desvalorizam a categoria, como também prejudicam a sociedade como um todo”, analisou a arquiteta.

 

Sílvia Muniz destacou a satisfação de representar os colegas pela segunda gestão consecutiva, pois entre 2015 e 2017, foi conselheira suplente do CAU/PB. “Tenho a satisfação de fazer parte desta equipe, como conselheira estadual, dedicando, gratuitamente, horas de expediente, ao longo destes seis últimos anos, buscando contribuir para que, cada vez mais, a profissão que exerço com tanto amor e afinco, seja mais respeitada e valorizada”, finalizou.

 

Amélia de Farias Panet Barros

 

“Escolhi arquitetura mesmo antes de saber o que exatamente era a profissão. Já criança conseguia diferenciar um espaço arquitetônico de qualidade e isso me impressionava muito. Tive a oportunidade de vivenciar alguns espaços que se destacavam pela sua plenitude, fluidez, materialidade, e isso me comovia de alguma forma”, contou a arquiteta e urbanista e conselheira suplente do CAU/PB, Amélia Panet.

 

Amélia contou ainda que viu seu pai elaborar a maquete da sua casa e apresentá-la ao seu avô materno. Depois acompanhou a sua construção. Essa experiência confirmou ainda mais a paixão pela arquitetura. “Não tive muita saída, tudo foi caminhando para isso e nunca me arrependi. Arquitetura para mim, além de conferir espaços adequados para o habitar humano no sentido mais amplo, é um caminho que colabora com o propósito da justiça social”, analisou a arquiteta.

 

Formada pela UFPB em 1988, em 1991 seguiu para São Paulo onde trabalhou em três escritórios de arquitetura e fez mestrado na FAU/USP. “Ao retornar, iniciei os preparativos para a montagem do curso de Arquitetura e Urbanismo do Unipê, coordenando-o por dez anos. Em 2008, entrei como docente na UFPB e iniciei meu doutorado na UFRN, concluindo-o em 2013. Nesse período, ainda colaborei com a gestão pública de João Pessoa, no governo de Luciano Agra, como Secretária Adjunta de Planejamento”, destacou Amélia.

 

Atualmente, a arquiteta se dedica ao ensino, pesquisa e extensão, como professora do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFPB, além de coordenar o Escritório Modelo Trama e a Especialização em Assistência Técnica em Arquitetura, Urbanismo e Engenharia. Amélia Panet foi conselheira estadual titular na gestão 2015-2017 do CAU/PB e hoje é conselheira estadual suplente.

 

Para Amélia, a profissão de arquiteta e urbanista precisa renovar-se, como várias outras, para continuar em sintonia com a sociedade e suas novas demandas. “Na minha opinião, entre as várias possibilidades, existem dois caminhos que se destacam: o primeiro deles está ligada à Arquitetura Social, elaborada por metodologias participativas onde todos os atores envolvidos colaboram com a sua criação e execução. Essa visão foge da arquitetura canônica que aprendemos nas escolas e descortina novas formas de interação do arquiteto com a sociedade e com outros profissionais. O outro caminho, que também pode colaborar com o primeiro, tem relação com as novas tecnologias na pesquisa e prática da arquitetura, envolvendo as tecnologias digitais, a domótica e as energias renováveis conferindo inteligência aos projetos e otimizando os recursos envolvidos. Ambos perpassam pelos caminhos da sustentabilidade social, econômica e ambiental”, analisou.

 

Sobre o CAU e sua experiência como conselheira, Amélia afirma que ter um conselho próprio foi uma grande conquista da categoria. “Os primeiros anos não foram fáceis e, sem dúvida, nosso primeiro presidente, arquiteto Haroldo Pinheiro, além de todos os outros colegas conselheiros de todos os estados, deram uma imensa contribuição. Infelizmente, para a maioria dos profissionais da arquitetura o nosso conselho ainda não é compreendido. Ainda não conseguimos fazê-los entender o papel do conselho frente ao exercício profissional e, frequentemente, somos alvos de comentários e críticas por total desconhecimento”. Amélia finaliza destacando que ter um conselho próprio colabora com a valorização da arquitetura como um bem de necessidade pública para toda a sociedade.

 

Julliana Queiroga de Lucena

 

“Desde a infância as minhas brincadeiras envolviam a criação de espaços. Fazia ‘maquetes’ com caixas de sapato, usava caixas de remédios pra fazer os ‘móveis’ das maquetes… segui minha formação caminhando pela área técnica: fiz ensino médio na Escola Técnica Federal da Paraíba com o curso de Edificações e logo em seguida prestei vestibular pra Arquitetura”, contou a conselheira estadual Julliana Queiroga.

 

Formada pela UFPB desde março de 2001, Julliana possui mestrado em Engenharia de Produção com foco na produção de mobiliário. A arquiteta e urbanista possui uma fábrica de móveis planejados, com loja própria, e atua como gestora e coordenadora de execução de projetos. Também atua na área de projetos residenciais e de clínicas.

 

Para Julliana, exercer a arquitetura nos dias de hoje é um grande desafio. “Atuar num mercado disputado e ainda carente de um maior entendimento acerca do real valor do profissional para o indivíduo e para a sociedade não é fácil. Mas fica cada vez mais claro pra mim, a importância de uma boa formação acadêmica, uma formação que enfatize, além da técnica e do empreendedorismo, a ética, o humanismo, o ambiental e o social. Sem isso seremos frágeis profissionais passíveis de sermos substituídos facilmente pela IA”, analisou a arquiteta.

 

Mesmo jovem, para Julliana Queiroga, o CAU já fez muito e possui um longo caminho pela frente. “O conselho ainda é jovem e tem muito que caminhar para que os profissionais e a sociedade compreendam a sua real importância. Estamos ajudando a construir parte dessa história com seriedade, responsabilidade, ética e proatividade. Focamos na orientação, fiscalização e educação, tanto do profissional como da sociedade, e isso é um grande passo pra um futuro mais consciente acerca da nossa profissão”, finalizou.

 

Sônia Matos Falcão

 

A conselheira Sônia Matos contou que escolheu a Arquitetura e Urbanismo pela oportunidade de projetar e planejar cidades com foco nas necessidades básicas do homem, o habitar, o circular, o trabalhar e o lazer.

 

Sônia se formou em 1987, pela UFPB e é mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela mesma universidade. Trabalhou no Governo do Estado da Paraíba de 1982 a 2016, onde exerceu a função de analista ambiental na Superintendência Estadual de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA). Foi Professora do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo e do curso de Especialização “Planejamento e Gestão de Cidades” do Centro Universitário de João Pessoa, de 2001 a 2019.

 

Mesmo sendo conselheira suplente, Sônia atua representando o CAU/PB no Conselho Municipal de Meio Ambiente de Cabedelo e no Conselho Gestor de Desenvolvimento Municipal de Conde. A arquiteta também faz parte do grupo de estudo “Urbanicidade”, onde contribui com a elaboração de ideias de melhoria do espaço urbano, utilizando-se do instrumento de desenho urbano participativo.

 

“Como atuo na área de urbanismo, acredito que, em face das mudanças climáticas e aumento da concentração da população mundial nos centros urbanos, surge a necessidade de repensarmos a cidade onde moramos, trabalhamos e nos divertimos. O crescimento urbano inteligente das nossas cidades, com base em padrões de sustentabilidade, reduzirá os danos ambientais, e ancorado nos princípios do desenho urbano participativo, promoverá a qualidade de vida urbana”, analisou a arquiteta.

 

Estar no CAU/PB, para Sônia, é uma missão. “A missão institucional de lutar pelo aperfeiçoamento da Arquitetura e do Urbanismo é materializada a partir da participação dos conselheiros no trabalho realizado pelas comissões ordinárias e especiais, encarregadas de tratar de aspectos específicos da profissão e do seu exercício e de propor políticas de promoção da arquitetura e urbanismo no interesse da coletividade”, explicou Sônia.

 

Além disso, Sônia destaca a gestão institucional, com a participação em conselhos de gestão urbana, ambiental e patrimonial, onde são discutidos temas relativos a qualidade de vida urbana e os editais de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social (ATHIS), que no CAU/PB encontra-se na terceira edição, capacitando e financiando a execução de projetos de apoio à Assistência Técnica, fomentando um novo campo de atuação do Arquiteto e Urbanista.

 

Mayrla Janine Diniz Souto Maior Catão

 

“Escolhi a Arquitetura aos 12 anos de idade, quando estava de férias na casa de meus tios e presenciei a apresentação do projeto da casa deles. Naquele momento, fui fisgada pela Arquitetura e tive a certeza de que era aquilo que gostaria de fazer quando crescer”, contou a conselheira Mayrla Souto Maior.

 

Apesar de ter a Arquitetura como paixão, Mayrla cursou Administração de Empresas até o 6º período na UEPB e Moda pelo Instituto Zuzu Angel – RJ. “Após alguns anos trabalhando com moda, resolvi realizar o meu sonho profissional e entrei no curso de Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade Esuda no Recife – PE. Sou formada há 12 anos e me sinto realizada no que faço. Tenho meu escritório e atuo em Projetos Arquitetônicos e Projetos de Arquitetura de Interiores, nas áreas Residencial e Comercial”, contou a conselheira do CAU/PB.

 

Apesar das mudanças pelas quais passa o mercado de Arquitetura, Mayrla afirma que ainda há muito o que fazer. “Ainda somos tidos como profissionais de luxo, mas precisamos trabalhar para que isso mude e possamos fazer a nossa profissão mais respeitada, saindo das ‘bolhas’ de mercado para atuar nas verdadeiras causas sociais. Quando falo em causas sociais, não falo apenas na atuação nas classes de baixa renda, mas sobretudo no bem-estar para todas as classes. Todo ser humano tem o direito de viver de forma digna”, destacou.

 

Sobre o CAU, Mayrla relata que o conselho ainda tem um longo caminho a percorrer. “O CAU ainda é muito novo. Fazer parte do conselho me fez enxergar os dois lados. Nós, como profissionais da Arquitetura, temos o dever de conhecer mais sobre os nossos direitos e deveres, até onde podemos chegar como Arquitetos e principalmente da nossa responsabilidade como Arquitetos e Urbanistas perante a sociedade como um todo. Em tudo há Arquitetura, seja numa casa, escola, um hospital, uma faculdade, uma loja, um restaurante, um parque, uma rua ou viaduto. Fazer parte do Conselho de Arquitetura e Urbanismo foi de muito aprendizado e poder contribuir para que a informação sobre nossa profissão possa chegar mais rápido aos arquitetos e aos estudantes de Arquitetura e Urbanismo é muito gratificante”, finalizou a arquiteta Mayrla Souto Maior.

 

Renata de Sousa e Nóbrega

 

“Eu não escolhi ser arquiteta, eu já nasci arquiteta. Tomei consciência disso a partir dos nove anos de idade e desde então nunca tive dúvida no que iria ser. Sempre fui encantada pelo espaço construído”, conta Renata Nóbrega, conselheira suplente do CAU/PB, que, mesmo morando na cidade de Patos, localizada a mais de 300 km de João Pessoa, sempre que solicitada comparece às reuniões do Conselho, levando esclarecimentos para os profissionais no sertão da Paraíba.

 

Renata se formou pela UFPB em 2006 e possui pós-graduação Master em Arquitetura e Iluminação pelo IPOG. Passou alguns anos lecionando no Centro Universitário de Patos e possui escritório estabelecido na mesma cidade desde 2007, onde atua nas áreas de projetos de arquitetura e urbanismo, com foco em interiores, não só na Paraíba, mas em outros estados como Rio Grande do Norte e Pernambuco.

 

“A cada dia que passa a responsabilidade do arquiteto aumenta e se transforma com o avanço das novas tecnologias e com a mudança de comportamento da sociedade. Precisamos estar preparadas para enfrentar uma profissão cada vez mais competitiva, não só em relação ao grande número de arquitetos que são lançados no mercado anualmente, mas também pela constante busca na substituição da pessoa pela máquina e/ou aplicativo”, destacou Renata Nóbrega.

 

A arquiteta afirma que sempre foi consciente da importância do CAU para a promoção da profissão de arquiteto e urbanista, como também da luta por dias melhores para cada profissional. “A criação do CAU veio para somar esforços a uma classe que merece atenção individualizada por mexer com a vida e o dia-a-dia de tantas pessoas e cidades”, finalizou.

 

Cristina Evelise Vieira Alexandre

 

Primeira presidente do CAU/PB, na gestão fundadora do conselho – 2012-2014 – Cristina Evelise sempre soube que seria Arquiteta e Urbanista, antes mesmo de descobrir que existia essa profissão. “Lembro do enorme alívio que senti quando eu ainda era bem menina e uma conhecida me explicou qual era o seu trabalho, e era exatamente aquilo que sempre me imaginei fazendo. Pensei: “— Afinal posso viver disso! As pessoas nos pagam por isso!?”, contou a arquiteta.

 

Cristina afirma que desde criança se interessava pelas questões ligadas à paisagem natural e construída. A começar pelas casas e seus jardins e quintais até os monumentos, passando também pela forma como eram organizados os espaços. “Meus desenhos eram minuciosos, coloridos, cheios de detalhes e invenções; depois passei a fazer pequenas maquetes com caixas dos antigos Biscoitos Sortidos. E nunca mais parei, tampouco tive dúvidas — na busca por tornar o mundo um lugar mais bonito e melhor de se viver”, concluiu.

 

Cristina Evelise se formou em 1996, pela UFPB e possui especialização em Light Designer. Desenvolve projetos de Arquitetura Residencial, Comercial e Institucional (incluindo Interiores), mas também de Urbanismo, e presta Consultorias. Atua ainda em escritório particular e atualmente é Assessora de Arquitetura da Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público da Paraíba (desde 2009) e Conselheira no CONPEC/IPHAEP – Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba.

 

Para Cristina Evelise, ser arquiteta nos dias atuais é uma grande responsabilidade. “Sobretudo pelos desafios tecnológicos e construtivos que se impõem numa velocidade cada vez maior, mas principalmente pela necessidade urgente de revermos os modelos atuais de Ocupação do Território (formal e informal), com melhores soluções em Planejamento e Desenho Urbano, que integrem Moradia, Saúde, Educação, Lazer, Mobilidade — para todos, de forma verdadeiramente democrática e inclusiva”.

 

O papel da mulher na arquitetura também merece destaque, segundo a arquiteta Cristina Evelise. “Somos maioria e, no entanto, só se costuma promover a atuação masculina. Por que será? As respostas são variadas, mas o fato é que antes de mais nada precisamos mesmo (e ainda e sempre) lutar para nos impor como protagonistas nas diversas áreas da nossa prática profissional. É positivo que  este ano duas arquitetas irlandesas, Yvonne Farrell e Shelley McNamara, do Grafton Architects, tenham vencido em conjunto o Prêmio Pritzer”, destacou.

 

Sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo CAU, a arquiteta destaca a seriedade e a importância do conselho. “O CAU vem desenvolvendo um trabalho sério, criterioso e de grande importância para a organização da nossa profissão no país. Se pensarmos que saímos de um Sistema de Conselho Multiprofissional (que trata de dezenas de profissões e centenas de atribuições profissionais) e conquistamos recentemente o direito de tratar apenas das questões relativas à Arquitetura e Urbanismo, isso por si só já representa muito”, opinou Cristina Evelise.

 

Segundo Cristina, o CAU, enquanto Autarquia Federal e, portanto, dentro dos limites de sua atuação legal, avançou bastante, tanto na formulação de resoluções e normativos que passaram a regulamentar melhor a profissão, quanto no atendimento direto aos profissionais, seja através dos processos instaurados para assuntos mais complexos ou mesmo tirando simples dúvidas e esclarecendo algumas matérias de forma orientativa. “A fiscalização adequada vem buscando maior eficiência. Isso também representa uma maneira de garantir os direitos e deveres dos profissionais e ainda dos seus clientes”, analisou a arquiteta.

 

Cristina finalizou destacando duas questões fundamentais que devem ser percebidas e consideradas pelos arquitetos e urbanistas. “A primeira questão é que não é papel do CAU defender o Arquiteto e Urbanista enquanto profissional, e sim defender a Profissão para servir corretamente à Sociedade (a grande maioria da categoria não tem essa compreensão e cobra do CAU que atue em áreas que não são da sua competência, e mesmo que quisesse nem poderia atuar, já que a sua natureza jurídica simplesmente não permite); e, ao defender a Profissão, dentro da sua obrigação legal (de registrar, orientar e fiscalizar a atuação profissional), o CAU serve corretamente à sociedade e assim, consequentemente, acaba servindo também ao profissional — ao bom profissional, aquele que cumpre as leis e se pauta sobretudo pela ética e disciplina, para o bem comum de todos”, orientou a conselheira.

 

Por Fabíola Bessa – CAU/PB

 

Veja também:

 

CAU/BR: Conselheiras do CAU/PB: exercício do mandato de conselheira

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