ARQUITETURA SOCIAL

Planejamento urbano de São Paulo pode inspirar outras megacidades

A exposição Acesso para Todos: Infraestruturas de Arquitetura de São Paulo, aberta de 11 de fevereiro a 23 de maio de 2020, no Centro de Arquitetura de Nova York (AIA New York‘s Centre for Architecture) tem como um dos seus propósitos demonstrar o que há em comum em São Paulo e Munique, na Alemanha, e Nova York, nos Estados Unidos. Para os curadores Andres Lepik e Daniel Talesnik do Museu da Arquitetura da Tum, em Munique, onde a exposição foi apresentada pela primeira vez, há muito mais em comum entre essas cidades do que se imagina.

 

Prédios, espaços abertos e projetos de infraestrutura em diferentes escalas – pública, semi-pública ou privada – compõem a exposição que ilustra como a arquitetura e a infraestrutura podem contribuir para o desenvolvimento urbano de uma cidade e, segundo os curadores, tentam, sem dúvida, criar lugares inclusivos para a sociedade urbana.

 

A Acesso para Todos apresenta uma seleção de projetos desenvolvidos em São Paulo desde a década de 1950, organizada em três categorias: projetos multiprogramáticos em larga escala; espaços públicos abertos e projetos localizados ao longo da icônica Avenida Paulista. Para Daniel TalesniK os projetos paulistas selecionados para a exposição são como microcosmos da vida urbana. Da via expressa Elevado Presidente Costa e Silva, e popularmente conhecida como Minhocão, ao centro cultural SESC Pompeia, com vários andares, os projetos são analisados com base no impacto sociocultural e não em características formais, destacando a relação dinâmica entre o ambiente construído e seus habitantes.

 

Segundo o curador Andres Lepik, a exposição pretende, também, ensinar algumas lições a Nova York. Já no início da exposição a grande coluna “Nova York” é apresentada para se comparar e contrastar com imagens de São Paulo. Logo na abertura os visitantes são instigados a descobrir o que exatamente Nova York pode tirar dos métodos adotados por São Paulo, e isso é a parte preferida da curadoria (Por quê? Só vendo).

 

A exposição ocorre 10 anos após Lepik ter sido curador de Pequena Escala, Grande Mudança: Novas Arquiteturas de Engajamento Social, no Museu de Arte Moderna de Nova York, que destacou projetos de arquitetura em cinco continentes que ajudavam comunidades carentes. A pesquisa de Lepik foi precursora de um estudo de caso em São Paulo, que revelou sua profunda desigualdade econômica, altas taxas de criminalidade, congestionamento no trânsito e graves problemas de saúde pública.

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