CAU/BR

Dia Internacional da Mulher: depoimentos de Conselheiras e Presidentes

Lana Jubé, Conselheira federal pelo estado do Goiás e 1ª Vice-Presidente do CAU/BR:
“Homenagear a mulher, o negro, o índio e outras tantas castas que a milênios têm em suas raízes a luta pela superação das diferenças não significa se colocar em patamares menores, mas tão somente assumir que somos distintas e que apesar de todas as conquistas ainda há muito que caminhar. Hoje somos mais de 60% de profissionais arquitetas e urbanistas, porém temos menos de 30% de Registros de Responsabilidades Técnicas como profissionais que fazem projetos e obras. Estes dados não param, mesmo em nossas representações ocupamos menos espaços, somos apenas 25% de mulheres no Conselho Federal, estatística ainda assim ótima se olharmos para outras representações institucionais. Em um mundo marcado pela desigualdade, onde a luta contra a violência física e moral contra as mulheres cresce, dado aos números alarmantes de agressões e feminicídios, não seria justo deixar passar incólume o dia da mulher, portanto quero sim homenagear a todas as mulheres que foram, estão e irão a luta para conquistar este espaço de ser igual, respeitando e valorizando nossas peculiaridades e particularidades. Para tanto ainda temos muito que conquistar, os números apontam que nos próximos dez anos seremos mais de 70% de mulheres Arquitetas e Urbanistas no Brasil, diante de uma realidade em que crescem não só a população, mas nossos problemas ambientais e de segregação social, neste cenário nossa tarefa torna-se hercúlea, caberá a nós mulheres construir paisagens, abrigos, moradas e espaços públicos acolhedores e amigáveis. Olhar, vivenciar e atuar na sociedade incorporando o feminino que há em cada uma de nós, não nos torna frágeis, ao contrário, reafirmamos o diálogo necessário de conquistar espaços mais humanos e fraternos. Arquitetas viva a diferença e amplie o espaço de ser igual, feliz dia das mulheres!”

 


 

Joselia da Silva Alves, Conselheira do CAU/BR pelo estado do Acre:
“Que o Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8 de março e surgido no contexto das lutas femininas por melhores condições de vida, trabalho e pelo direito de voto, seja também um momento de reflexão da sociedade, diante de lamentáveis e inconcebíveis episódios de violência, discriminação, assédio moral e sexual contra as mulheres. Estes fatos dão a dimensão de quanto ainda as mulheres têm que lutar por respeito e pela implementação de políticas públicas que assegurem seus direitos constitucionais. No Brasil, as mulheres são quase 63% do total de arquitetos e urbanistas registrados. No Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU-BR, de 28 conselheiros apenas 7 são mulheres. No geral o trabalho das mulheres não é reconhecido, é simplesmente invisível, seja no seu local de trabalho, no mercado e na comunidade. Neste contexto, o CAUBR, convoca as mulheres saírem do anonimato e contar a sua trajetória profissional e das demais mulheres arquitetas urbanistas. Parabéns Mulheres!  Juntas podemos mais!”

 


 

Marcia Guerrante Tavares, Conselheira Suplente pelo estado do Goiás:
“Hoje quero falar aqui do desejo de que a invisibilidade do trabalho exercido pelas mulheres na arquitetura, no urbanismo e em todas as profissões se transmute em visibilidade e reconhecimento. Reconhecimento abre portas, dignifica e possibilita conquistas cada vez maiores que se revertem em benefícios para toda a sociedade. Em Goiás, em 2019, já somos 67% dos profissionais com registro ativo no CAU. Neste 8 de março, saúdo a todas as mulheres, de todos os cantos, que trabalham   e acreditam na construção de melhores lugares de se estar e viver no mundo”.

 


 

Roseana Vasconcelos, Conselheira Federal pelo estado de Rondônia:
“Bom dia para você, Mulher, que não precisa de um dia para ser lembrada, que vai a luta, que brilha em dias escuros, que dá vida a novas vidas, que chora, que ri e que vence o cansaço. Cheia de mistérios, criatividade, competência e encanto. O mundo pode dificultar nossa caminhada, mas o segredo está em persistir, pois sonhos não seriam tão saborosos se fossem tão fáceis de alcançar. Feliz Dia Internacional da Mulher a todas e principalmente a nós, profissionais Arquitetas e Urbanistas”.

 


 

Helena Aparecida Ayoub Silva, Conselheira Suplente pelo estado de São Paulo:
“8 de março de 2019 – saúdo todas as mulheres e em especial as mulheres arquitetas.
Cabe salientar que o Dia Internacional da Mulher fixado nesta data pela Organização das Nações Unidas em meados da década de 1970 teve o objetivo de marcar uma série de reivindicações e conquistas de direitos, inicialmente e sobretudo no âmbito trabalhista, mas que se ampliaram para as áreas sociais e políticas, sem contudo atingir as condições desejadas. Na área da arquitetura eventos têm ocorrido, coletivos se constituído, mas ainda carecemos de ações mais efetivas. Apostamos nas recentes iniciativas do CAU BR: o Ciclo de Debates – As Mulheres na Arquitetura e a Produção da Cidade Inclusiva e a proposta da Conselheira arquiteta Daniela Sarmento, Presidente do CAU SC de criar Grupos de Trabalho para discussão da questão da mulher arquiteta nos estados e um grupo centralizado com representação de todos os estados”.

 


 

Verônica Vasconcelos de Castro, Presidente do CAU/AC:
“Desejo as colegas Arquitetas e Urbanistas muito sucesso na carreira profissional e deixo como mensagem que a persistência e as atualizações na nossa área devem ser constantes em nossas vidas e nunca deixar o desânimo nos invadir.  Temos um grande mercado para conquistar”.

 

 

 


 

Gilcinéa Barbosa, Presidente do CAU/BA:
“É uma honra e um grande aprendizado ser a segunda mulher, negra, a presidir o CAU/BA. Ocupo este lugar com consciência da minha responsabilidade em imprimir eficiência e transparência à gestão, apesar de todos os desafios que um Estado tão imenso proporciona. A Arquitetura e Urbanismo na Bahia é majoritariamente feminina. Somos 60% dos profissionais ativos. Mais de 3 mil mulheres inspiradoras, empreendedoras, corajosas. Mulheres que lidam com a nobreza de uma profissão que tem por premissa cuidar melhor das pessoas. São muitas as similitudes entre a Arquitetura e Urbanismo e as mulheres; para além da semântica. Alma, sensibilidade, senso de inteireza, força, alegria, leveza. Histórias são escritas no entorno de ambas. Neste Dia Internacional da Mulher, desejo às arquitetas e urbanistas baianas e às colegas de todo o país, CORAGEM. Para desbravar territórios, para conquistar espaços, para potencializar a criatividade, para conduzir com a sabedoria que nos é inerente a urgente e necessária transformação social. Uma Arquitetura e Urbanismo potente e sem ressalvas. Para todos”.

 


 

Liane Destefani, Presidente do CAU/ES:
“No Espírito Santo, 72% dos arquitetos registrados no Conselho são mulheres. Hoje, podemos nos orgulhar em dizer que nossas arquitetas se encontram proporcionalmente representadas na composição da nossa Plenária onde nós mulheres somos a maioria. Além de termos o nosso Conselho Diretor formado exclusivamente por arquitetas. Apesar das inúmeras dificuldades pessoais enfrentadas pelas profissionais, a atuação feminina tem se fortalecido ao longo do tempo, ocupando cargos de grande relevância no cenário técnico e político do Estado. Hoje encontramos representação feminina na Vice-governadora, em Senadoras, Secretárias de Estado e também na Presidência de vários outros conselhos de fiscalização profissional. Contudo, assistimos constantemente a episódios de cerceamento do direito feminino em ocupar posições superiores. Devemos ser persistentes neste convite contínuo que fazemos às mulheres a se juntarem a nós, para ocuparem os espaços que lhes são de direito e colaborarem com a mudança efetiva dos velhos hábitos enraizados na nossa sociedade”.

 


 

Margareth Ziolla Menezes, Presidente do CAU/PR:
“A mulher, como parte fundamental e progenitora da família, é detalhista, sensível à necessidade do grupo e apaziguadora natural de situações conflitantes. Tem seu foco definido para as boas práticas do relacionamento familiar. No CAU, lidamos dia a dia com diversas decisões que causam impacto para os profissionais da Arquitetura e Urbanismo e, casualmente, esses profissionais têm a maioria composta por mulheres. Modernas, atualizadas, sempre em busca de desenvolvimento. Que essas características femininas, presentes especialmente nas arquitetas e urbanistas brasileiras, estejam cada vez mais dentro do CAU! É o que desejo. Feliz Dia Internacional da Mulher!”

 

 


 

 

Ana Cristina Barreiros, Presidente do CAU/RO:
“Todos os dias eu tenho que lembrar a alguém que, de fato, sou uma arquiteta. E às vezes, não apenas uma arquiteta, mas a arquiteta.” Yen Ha, arquiteta e urbanista para o Portal 44 Arquitetura. Desde a primeira mulher a se tornar arquiteta, a americana Marion Griffin, graduada pelo MIT em 1871, tanto as mulheres como as mulheres arquitetas vêm ocupando inúmeros espaços, mas ainda temos grandes desafios a conquistar. Segundo dados do CAU BR, dos quase 170.000 arquitetos e urbanistas registrados no Conselho, 63% SÃO MULHERES. As últimas décadas viram crescer o número de mulheres nessa profissão, mas ainda ganhamos menos e somos minoria nos postos de destaque e liderança. Nossa visibilidade profissional também não faz jus a essa presença efetiva na produção da arquitetura e urbanismo no país. Ainda encontramos dificuldades e discriminações em nossos ambientes de trabalho, sejam nos escritórios, nas grandes corporações, nos canteiros de obras… Neste 8 de Março, Dia das Mulheres, o CAU RO homenageia todas as colegas arquitetas e urbanistas que mesmo enfrentando dificuldades diárias, têm se dedicado incansavelmente a engrandecer a profissão em Rondônia e em todo país. Sejamos todas AS ARQUITETAS!

 


 

Daniela Sarmento, Presidente do CAU/SC:
“Março é um mês para pensarmos a condição das mulheres na sociedade e aqui no CAU estamos provocando a reflexão sobre o papel das arquitetas. Nosso propósito é mostrar a trajetória das arquitetas brasileiras e, com isso, dar visibilidade à nossa contribuição para o desenvolvimento das cidades. Em todos os estados estamos fazendo esse chamado para que as mulheres contem suas histórias, para que elas participem do espaço do CAU e aproveitem esse movimento para integrar essa rede. Precisamos nos encontrar para abrir um diálogo e construir, além da pauta das mulheres no Conselho de Arquitetura, o direito das mulheres à cidade”.

 

 


 

Ana Maria Martins Farias, Presidente do CAU/SE:
“O dia 08 de março é o resultado de lutas que muitas mulheres empreenderam e nesse Dia Internacional da Mulher temos que ressaltar a importância da inserção da mulher no mercado de trabalho e especialmente da inserção da mulher arquiteta e urbanista. No CAU Sergipe criamos um Grupo de Trabalho sobre a arquiteta e urbanista com o objetivo de discutir e fazer um balanço da inserção delas no mercado de trabalho. Importante acentuar que hoje não apenas os profissionais, mas também a maioria dos estudantes de arquitetura são mulheres, mas estamos longe ainda de conquistar espaço e reconhecimento no mercado na mesma proporção”.

 

 


 

Andrea Lucia Vilella Arruda, Representante das Instituições de Ensino Superior (IES):
“Geralmente somos a maioria na maioria dos ambientes, de plateias a estações de trabalho. Não precisamos nem contar. Segundo o CENSO do IBGE de 2010, somos 51,03% da população brasileira. No Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, o nosso mais recente Anuário diz que somos 62,5%. No cadastro de cursos de graduação do CAU, 52% são coordenados por mulheres, índice que coincide com o e-MEC. Nas minhas salas de aula deste semestre, elas foram 73%. Já no concurso público da Sede CAU/BR, dos 210 projetos concorrentes, 33 eram equipes coordenadas por mulheres, ou seja, apenas 16%. Na comissão julgadora, dos 5 jurados apenas uma era mulher, 20%. É verdade que a equipe ganhadora do concurso citado, foi coordenada pela arquiteta e urbanista Tais Cristina da Silva. Ameniza. Mas não justifica índices surpreendentemente menores. E eu entendo que este baixo índice de participação das mulheres em concursos de Projetos ou nas publicações especializadas ou em cargos de alto escalão e etc., estão entre os bons motivos que motivaram o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil a ser signatário do Princípio de Empoderamento das Mulheres da ONU Mulheres. Tenho muito orgulho de ver o nosso CAU assumindo publicamente o compromisso com a agenda de promoção à equidade de gênero, em todas as suas instâncias organizacionais e em seu relacionamento com a sociedade. Jeito bom de celebrar o Dia Internacional da Mulher”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

NOTÍCIAS EM DESTAQUE

Clipping

Arquitetura Indígena: Conheça alguns projetos inspirados em técnicas dos povos originários

Clipping

Arquitetura Indígena: Diferenças arquitetônicas entre os povos originários

Clipping

Arquitetura Indígena: Pavilhão do Brasil será destaque na Bienal de Veneza de 2024

Clipping

Arquitetura Indígena: “A moradia indígena é a primeira casa brasileira”, diz José Afonso Botura Portocarrero

Pular para o conteúdo