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Em nome da ONU, Norman Foster lançará o “juramento de Hipócrates” dos arquitetos

As Nações Unidas elaboraram um conjunto de “princípios para design e arquitetura urbanos sustentáveis ​​e inclusivos” para os arquitetos assinarem, chamado de Declaração de San Marino, a ser apresentada por Lord Norman Foster em outubro na república de San Marino.

 

A declaração descreve um conjunto de padrões que arquitetos e outros profissionais do ambiente construído devem aderir, disse ele ao dirigir-se à Assembléia Geral das Nações Unidas em Nova York na última quinta-feira, 28 de abril.

 

“No próximo mês vou lançar uma declaração das Nações Unidas, que é o equivalente ao juramento que os médicos da Grécia antiga fizeram para manter os padrões éticos”, disse o fundador da Foster + Partners, Foster,  referindo-se ao juramento de Hipócrates, em entrevista para a revista Dezzen.

 

“De certa forma, é uma condensação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que também foram desenvolvidos pelas Nações Unidas.”

 

 

Escrita pelo Bureau do Comitê de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Gestão do Território, a Declaração de San Marino pedirá aos arquitetos e outros profissionais do meio ambiente construído que concordem em defender uma série de “princípios para o design e arquitetura urbanos sustentáveis ​​e inclusivos em apoio ao desenvolvimento sustentável, casas seguras, saudáveis, socialmente inclusivas, climaticamente neutras e circulares, infraestrutura urbana e cidades”.

 

“Arquitetos são a chave para um futuro mais sustentável”, resumiu Lord Norman Foster, Patrono do Fórum Internacional de Prefeitos das Nações Unidas. 

 

Os signatários da declaração concordam em projetar edifícios e cidades “de uma forma que limite o uso de energia, use apenas fontes de energia sustentáveis, reutilize a água da chuva e limite o uso de outros recursos naturais”, bem como usando materiais reciclados sempre que possível.

 

Os princípios também exigiriam que os arquitetos “respeitem a identidade e o patrimônio cultural dos lugares e edifícios”.

 

O Congresso Mundial de Arquitetos da UIA em 2023, a se realizar em Copenhage, tem igualmente o objetivo de promover, discutir, criar e mostrar a arquitetura como uma ferramenta vital para alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030, compartilhando  soluções sustentáveis, devendo ser um marco na história do que a arquitetura pode fazer para ajudar a salvar o planeta. O CAU Brasil participará ativamente do Congresso levando propostas para as cidades da Amazônia. 

 

Na ONU, Lord Foster anunciou ainda que foi convidado pelo prefeito da devastada cidade ucraniana de Kharkiv para criar um plano diretor para preservar o melhor do passado da cidade e reconstruí-la como uma cidade do futuro.

 

Foster se comprometeu a reunir os melhores talentos do mundo para esta iniciativa. Um plano diretor, destacou ele, por definição, deve abordar desafios sociais, econômicos e ambientais, como habitação e biodiversidade; todas as questões que constituem o foco da ONU. Ele observou que a experiência da cidade de Londres, que encomendou um plano diretor em 1943 antes do fim da segunda guerra mundial, bem como um para os próximos 25 anos durante a pandemia de COVID-19, fornece um exemplo inspirador. Com esses exemplos, “acredito que podemos olhar para o futuro com otimismo”.

 

Fontes: Dezeen e Foster Foundation

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