Reserva Técnica

Escritórios modelo e trabalhos de conclusão de curso são debatidos no II Fórum CEF-CAU/RJ – Escolas de Arquitetura

img_1662Professores e coordenadores de cursos de arquitetura e urbanismo de todo o estado participaram, nesta quarta-feira (5/10), do II Fórum CEF-CAU/RJ – Escolas de Arquitetura e Urbanismo, na sede do Conselho. Entre os principais temas debatidos estão os trabalhos finais de graduação (TFG) e os escritórios modelos.

 

Para o vice-presidente do CAU/RJ, Luis Fernando Valverde, é uma prioridade do Conselho estar próximo das universidades. A Conselheira Cláudia Baima, que coordenou o evento, também lembrou que o encontro é uma oportunidade para discutir os assuntos relacionados ao ensino tratados na II Conferência Estadual de Arquitetos e Urbanistas, realizada no final de setembro.

 

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Os coordenadores de cursos de arquitetura e urbanismo explicaram as formas de desenvolvimento e avaliação do trabalho final de curso, as peculiaridades de cada universidade e debateram questões como a autoria dos projetos e a temática dos TFGs. O coordenador da Comissão de Ensino e Formação, Leonardo Mesentier, afirmou que o CAU/RJ pretende criar uma premiação, no próximo anos, para os trabalhos de final de curso.

 

 

 

 

img_1730Também foram apresentadas experiências distintas dos chamados escritórios modelos. Instituições de Ensino como a Estácio, que trabalha com assistência técnica em comunidades carentes, da PUC, que atende à demanda da própria universidade e projetos externos maiores, dos estudantes img_1730que atuam no projeto Abricó, da UFRJ, de com gestão deles próprios, entre outras, detalharam seus trabalhos. O encontro se encerrou com uma pequena palestra do presidente do CAU/RJ, Jerônimo de Moraes Neto, que falou sobre sua experiência com o Programa de Aperfeiçoamento Profissional (PAP), realizado por meio de convênio entre o IAB e a prefeitura do Rio.

 

Para Jerônimo de Moraes, o aperfeiçoamento seria uma forma intermediária entre a universidade e a vida profissional, em que o recém-formado poderia se especializar em áreas como habitação, laboratórios hospitalares, ou patrimônio histórico, por exemplo. “Modelar algo que ainda não existe, é um desafio muito estimulante e exige discussões mais amplas”, afirmou.

 

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Com o objetivo de aprofundar ainda mais as discussões principalmente sobre escritórios modelos e a residência para arquitetos, será marcado em breve novo encontro. Como preparação e com apoio da Federação Nacional de Estudantes de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, presente ao II Fórum, o CAU/RJ pretende mapear os escritórios modelos existentes nas instituições de ensino superior do estado.

 

 

 

 

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Experiências diferentes

Ao citar um trabalho final de graduação sobre uma estação espacial, o coordenador do curso de arquitetura e urbanismo da ISE-CENSA, Aristides Marques, levantou a questão do que é possível realizar considerando o tempo que os alunos dedicam ao TFG. Já o coordenador geral do curso da Estácio, Igor de Vetyemy, destacou a importância de projetos pouco convencionais, que incentivam a inovação e a aplicação de novas tecnologias.

 

 

 

“Não tivemos uma estação espacial, mas, recentemente, houve um concurso para a Estação Comandante Ferraz, na Antártica. O arquiteto e urbanista deve saber trabalhar com temas desconhecidos. E isso também motiva o orientador”, ponderou o Conselheiro do CAU/RJ, Flávio Ferreira.

 

A importância de um projeto arquitetônico integrado com o entorno foi apontada pela coordenadora do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Santa Úrsula, Iazana Guizzo. “Formamos arquitetos, urbanistas e paisagistas”, lembrou, explicando que o curso propõe um projeto de TFG que compreenda as três áreas.

 

O incentivo ao detalhamento dos projetos arquitetônicos foi lembrado durante os debates, embora não seja uma unanimidade. “Alguns professores acreditam que o trabalho final deve ser mais conceitual”, afirmou a coordenadora do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Ana Paula Araújo.

 

Os diferentes perfis de alunos também foram citados. “Alguns alunos já identificaram durante a graduação que querem se dedicar à pesquisa. Esses diferentes olhares são importantes para valorizar nossa área como pesquisadores. O TFG tem nos ajudado a identificar demandas dos alunos em relação ao curso”, afirmou Maíra Martins, coordenadora do curso de arquitetura e urbanismo da PUC-Rio.

 

O diretor adjunto financeiro do CAU/RJ, que integra a Comissão de Ensino e Formação do Conselho, Júlio Bentes, ressaltou que o trabalho final de curso pretende ser uma síntese do que foi aprendido na graduação. Ele acrescentou ainda que o CAU/RJ propôs ao CAU/BR uma categoria especial para o registro de TFGs, para que a autoria dos projetos seja garantida.

 

Outro tema debatido no II Fórum foi o ensino da ética profissional. Para a Conselheira Claudia Baima, a realização de palestras sobre ética pelo CAU/RJ nos cursos, além de contribuir com a formação dos estudantes, conscientiza o próprio corpo docente. “Com essa ação, o CAU/RJ mostra que não é apenas um lugar de registro profissional, mas de resgate da importância da profissão”.

 

O coordenador da Comissão de Ética e Disciplina do CAU/RJ, Eduardo Cotrim, falou sobre a reserva técnica e antecipou os planos do Conselho de fazer uma parceria com o Ministério Público para combater essa prática. O conselheiro Leonardo Mesentier acrescentou ainda que aprendeu que a ética não é uma questão subjetiva.  “Deixar de pagar a anuidade pode ser uma falta ética. Existe um Código de Ética que determina isso”, pontuou.

 

A gerente técnica do CAU/RJ, Maria Carolina Mamede, e a analista técnica Márcia Figueiredo fizeram uma apresentação sobre a Matriz de Mobilidade do Egresso, um recurso do Sistema de Inteligência Geográfica (Igeo), que ainda está em desenvolvimento e funcionará conforme demanda das instituições de ensino.

 

A ferramenta permite elaborar duas relações: entre os profissionais com as instituições de ensino onde se formaram e entre os arquitetos e urbanistas com as RRTs que emitiram, marcando esses dados em um mapa. Desta forma as universidades podem saber onde estão e como têm atuado seus egressos.

 

 

FONTE: CAU/ RJ

 

Publicado em 06/10/2016

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