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Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Brasileiro foi lançado durante CBA

Representantes de 16 entidades ligadas à preservação do patrimônio cultural brasileiro se reuniram no 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos (CBA), de 9 a 12 de outubro, em Porto Alegre, para o lançamento do Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Brasileiro. A iniciativa expressa o repúdio referente aos ataques promovidos pelo Governo Federal ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), com a substituição de seus superintendentes estaduais por agentes públicos sem formação e sem experiência neste setor.

O ato de lançamento ocorreu dia 10 de outubro, às 13 horas, na Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre. O local é sítio tombado pelo IPHAN e no qual estará instalada parte da programação do 21º CBA.

 

A organização do Fórum convocou arquitetos e urbanistas, historiadores, museólogos, arqueólogos, antropólogos, sociólogos, geógrafos e demais especialistas no campo do patrimônio cultural, servidores públicos, organizações e lideranças populares para se mobilizarem em defesa do Iphan, contra a nomeação sem critérios técnicos objetivos para os cargos de definição de políticas de preservação do patrimônio cultural material e imaterial. O presidente do CAU/BR, Luciano Guimarães, declarou que o Conselho reconhece a legitimidade do fórum e o apoia.

 

Fazem parte do Fórum o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), a Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP), a Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura (ABEA), a Associação Brasileira de Museologia (ABM), a Associação Nacional de História (ANPUH), a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (Anparq), a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS), a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia (ANPEGE), a Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (Anpur), o Comitê Brasileiro de História da Arte (CBHA), o Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icomos Brasil), a Federação Nacional dos Estudantes de Arquitetura e Urbanismo (FENEA), a Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA) e a Seção Brasileira do Comitê Internacional para a Documentação e Conservação de Edifícios, Sítios e Conjuntos do Movimento Moderno (Docomomo Brasil).

Nas reuniões do Fórum durante o 21º CBA, foi formatado um documento busca denunciar que o decreto 9727, de março de 2019, não vem sendo cumprido pelo governo federal uma vez que as recentes nomeações não obedecem aos critérios de qualificação técnica conforme previsto. O documento será ingressado ingressar com uma representação junto à Procuradoria-Geral da República e aos Ministérios Públicos dos estados nos próximos dias.

 

Nivaldo Andrade Júnior, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), e Luciano Guimarães, presidente do CAU/BR.

 

 

Cécero Alvarez, presidente da Federação Nacional de Arquitetos (FNA)
Luciana Schenk, presidente da Associação Brasileira de Arquitetos Paisagistas (ABAP)
João Carlos Correia, presidente da Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura (ABEA)

 

O documento vai relatar pontualmente os ataques que o corpo técnico do IPHAN vem sofrendo nos últimos meses com a substituição de cargos essencialmente técnicos, qualificados e totalmente voltados à preservação do patrimônio, por indicações de cunho político e sem qualquer qualificação e atuação na área.  O documento que será remetido à PGR e aos MPs chamará a atenção para substituições arbitrárias de superintendentes do IPHAN, especialmente nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal e vai expor o corte orçamentário do IPHAN para a manutenção do patrimônio histórico nacional – que neste governo teve seus recursos reduzidos em 72%.

“A atual administração do país, por meio da nomeação de pessoas sem formação ou experiência, busca desmontar o IPHAN, extinguindo as políticas de preservação construídas ao longo de 82 anos. As ações contra os servidores públicos e contra a estrutura do Estado Brasileiro atingem e prejudicam as políticas públicas do país e não atendem ao interesse público”, destaca Nivaldo Andrade Júnior, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), e que conduziu o ato.

 

Para ele, o apagamento da memória e a degradação do ambiente urbano prejudicarão toda a população do Brasil, de modo irreversível. “Defendemos a valorização das carreiras de servidores afeitas à preservação de nosso patrimônio cultural, com critérios que respeitem o Estado Democrático de Direito e a Constituição Federal de 1988”, destaca.

 

SERVIÇO
O que: Lançamento do Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Cultural Brasileiro
Quando: Dia 10 de outubro, às 13 horas.

Onde: Praça da Alfândega, no Centro Histórico de Porto Alegre, onde ocorre o 21º Congresso Brasileiro de Arquitetos

 

Com informações da FNA 

 

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