CAU/BR

Inscrições abertas para capacitação de avaliadores da Acreditação de cursos pelo CAU

A Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR abre, a partir do dia 09 de abril de 2019,  processo de candidatura e seleção de avaliadores a serem capacitados para a edição piloto da Acreditação de cursos pelo CAU.

 

Os critérios de seleção atendem ao estabelecido na DPOBR-0060-05_2016-4, e foram homologados pela Deliberação 19/2019 CEF/CAU/BR. Entre os critérios mínimos, os candidatos deverão ser graduados em curso de Arquitetura e Urbanismo; possuir registro ativo e estar em dia com suas obrigações junto ao CAU; comprovar docência em cursos de Arquitetura e Urbanismo e/ou contar com experiência profissional nas áreas de atribuição profissional estabelecidas pela Lei nº 12.378/2010, com 10 anos de experiência devidamente comprovada. Preferencialmente, os avaliadores selecionados deverão ter experiência prévia como avaliador do INEP ou do Sistema Arcusul.

 

As candidaturas se encerram no dia 09 de maio de 2019 e poderão ser feitas através de formulário digital.

 

Os selecionados serão informados em junho de 2019 e convidados para capacitação, prevista para acontecer no mês julho.

 

A seleção e a capacitação não garantem a convocação para ser avaliador na edição piloto, que será organizada entre os avaliadores conforme disponibilidade de agenda e após analisados possíveis conflitos de interesse. Serão convocados os avaliadores que tiverem disponibilidade para realizar no mínimo duas avaliações entre agosto e outubro de 2019.

 

Na Edição Piloto, a atividade de avaliação terá caráter honorífico. Entretanto, o CAU assumirá as despesas de deslocamento e diárias.

 

Sobre o projeto de Acreditação

 

A Acreditação de cursos proposta pelo CAU é um processo em que o curso adere de forma voluntária e que busca certificar a qualidade da formação profissional por meio de parâmetros e indicadores diversos. Dentre os parâmetros de análise, estão os Perfis da Área & Padrões de Qualidade para os Cursos de Arquitetura e Urbanismo, as  Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos Cursos de Arquitetura e Urbanismo e a atuação e mobilidade dos egressos no mercado profissional.

 

O processo considerará a totalidade do curso, incluindo o contexto institucional, o projeto pedagógico, seus recursos humanos e suas condições de oferta, respeitando metodologias e abordagens locais, inovadoras e experimentais e conferindo maior destaque à qualidade e ao conteúdo do que a requisitos quantitativos e documentais.

 

Com essa iniciativa, o CAU procura contribuir para o constante aprimoramento da formação profissional do arquiteto e urbanista, necessária para a promoção do desenvolvimento educacional, econômico, social, político e cultural do Brasil. A proposta está de acordo com sistemas internacionais de acreditação, sem que esse processo constitua, no entanto, critério ou condição para a habilitação profissional.

 

O processo de Acreditação de cursos não busca uma elitização dos cursos, mas sim a valorização das iniciativas de excelência, para que possam ser referência e exemplo para outros, e assim, elevar a qualidade da formação profissional como um todo.

 

O projeto, aprovado pela Deliberação Plenária DPOBR 0060-05/2016-4, avaliará nesta edição seis cursos de Arquitetura e Urbanismo de forma excepcionalmente gratuita. A escolha dos participantes levou em consideração critérios de distribuição geográfica, optando por uma amostragem de todas as regiões do país, e procurou abranger cursos de diferentes categorias e enquadramentos (públicas e privadas, com e sem fins lucrativos).

 

A edição piloto está sendo conduzida pelo Comitê Executivo do Projeto Piloto de Acreditação (CEPPA), em cooperação técnica com o CAU/SP, e acompanhada pela Comissão de Ensino e Formação do CAU/BR.

 

Conforme previsto no projeto aprovado, o CAU manterá em sigilo a lista dos cursos candidatos à Acreditação, visando à imparcialidade e a confiabilidade do processo avaliativo. Apenas os cursos que obtiverem o Selo de Acreditação do CAU serão divulgados.

 

8 respostas

  1. A notícia informa que a iniciativa do CAU estaria em conformidade com sistemas internacionais de acreditação. Via de regra, esses sistemas consideram o órgão certificador como uma entidade de terceira parte, não governamental, e que goza de um reconhecimento prévio para a prestação desse serviço. A iniciativa do CAU atende esses requisitos? O CAU se julga uma instituição de terceira parte? Tem reconhecimento superior de quem para prestar esse serviço?
    Se não responder vai dar a entender que trata-se apenas de aproveitar a oportunidade para aumentar a receita, isto é, se o CAU “decretar” a obrigatoriedade para que todas as instituições comprem o serviço. Caso contrário pode ser que nenhuma IES tenha interesse no lançamento do produto.
    O Brasil não dispõe de um sistema de acreditação. Dispõe apenas do Sinaes que avalia e fiscaliza as IES. O CAU está testando para saber se terá apoio na iniciativa, é isso? Se for, está administrando mal o conselho. Existem ações muito mais prioritárias, urgentes, segundo meu ponto de vista. A primeira é reparar muitas equivocos cometidos na elaboração da Lei 12.378/10 que não trouxe nenhuma vantagem. Ao contrário, piorou a compreensão do papel do arquiteto na sociedade além de criar uma estrutura autoritária que não dispõe de caminho aberto ao diálogo. Quer ouvir opiniões, mas somente aquelas que reforçam sua ideologia.

    1. Quinto, a intenção é de que a “ACREDITA” seja um organismo independente, conforme disposto no anteprojeto, porém, para chegar a tal construção, o CAU tomou a iniciativa (assim como já fizeram OAB, CFMV e outros) de propor um projeto piloto, criando as bases para a construção dos normativos e instrumentos necessários.

  2. Parece mais uma atividade dos membros da Comissão de Ensino que não irá beneficiar os arquitetos, em geral, pois os avaliadores,”democraticamente” selecionados, serão, pelo que tudo indica, os mesmos que hoje atuam na analise dos cursos, pelo MEC. Despesas e horas de atividade justificadas pelo edital de seleção de avaliadores, mas é para tudo continuar como está, ampliando o numero de envolvidos.

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