CAU NA MÍDIA

Manifestação do CAU/BR sobre rompimento da barragem de Brumadinho repercute na mídia

A manifestação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) sobre o rompimento da barragem de Brumadinho teve grande repercussão na mídia. Em nota oficial, o Conselho se solidariza com as vítimas da tragédia, evidencia descaso na implementação e na manutenção das barragens e pede ações firmes das autoridades. A nota foi reproduzida em jornais e sites, como o Estadão, Estado de Minas, Correio da Bahia, Band e Portal Dia Online. O presidente e o segundo vice-presidente do CAU/BR, Luciano Guimarães e Wilson de Andrade, concederam entrevistas exclusivas à Agência RadioWeb sobre o desastre.

 

Matéria da Band sobre a nota do CAU/BR quanto a tragédia de Brumadinho.

Para o presidente Luciano Guimarães, a tragédia de Brumadinho estava anunciada, uma vez que o mesmo estado e o mesmo grupo empresarial cometeram novamente um crime ambiental. Para o presidente, não faltam planos ou leis para tratar de problemas urbanos no Brasil, e sim uma implementa

ção mais assertiva.

 

“O Brasil tem normas: o Estatuto da Cidade, o Estatuto da Metrópole. Tem dispositivos para contemplar as diversas variações de situações e territórios, de situações climáticas, de situações econômicas, para conseguirmos transformamos nossas cidades em cidades sustentáveis, em cidades saudáveis”, afirma o arquiteto e urbanista Luciano Guimarães.

 

Ainda sobre a implementação das normas ambientais, o segundo vice-presidente do CAU/BR Wilson de Andrade destaca que um dos maiores problemas é a fiscalização. “O que a gente encontra aí é uma dificuldade da aplicação da lei, como por exemplo na questão da fiscalização. Existe pouca condição técnica, pouca condição de pessoas para dar cobertura a todas as barragens instaladas no Brasil. Com a estrutura que tem hoje, para o governo fazer a fiscalização com eficiência duraria 30 anos para percorrer todas as barragens do Brasil”.

 

No Poder Público, no entanto, o ponto de vista é diferente. O presidente Jair Bolsonaro defende a flexibilização dos controles ambientais como forma de acelerar o desenvolvimento do país. O secretário do Meio-Ambiente, Rodrigo Sales, afirma que o excesso de burocracia na fiscalização ambiental não coíbe o problema. Quanto a essa convicção, Wilson destaca que é preciso ter responsabilidade no que se autoriza.

Matéria do Estado de Minas sobre a nota do CAU/BR quanto a tragédia de Brumadinho.

“A ineficiência do estado faz com que esse discurso apareça. Se você não consegue embasar atividade econômica para um estado ineficiente, para poder gerar a licença, poder fazer a fiscalização e poder autorizar o funcionamento, a tendência natural é dizer que aquilo precisa ser facilitado. Acho que não se trata de facilitar, é preciso ter é responsabilidade com aquilo que você vai autorizar a funcionar”, completou o vice-presidente.

 

Além da aplicação de normas ineficiente, outra preocupação do presidente Luciano Guimarães é a falta de um planejamento do território brasileiro que contemple as ocupações humanas, a exploração dos recursos naturais e as bacias hidrográficas do país. “A gente planeja os territórios urbanos. Às vezes, em alguns casos, os territórios regionais. Mas é preciso que a gente planeje também os territórios com bacias. Mariana, o desastre foi em Minas, e foi desaguar no oceano lá no estado do Espírito Santo, na Foz do Rio Doce. ”

 

Quanto ao atual modelo de funcionamento das barragens, o presidente afirma que há tecnologias para a exploração de recursos muito mais seguras e sustentáveis. “Já existem outras tecnologias que não são tão recentes mas que são muito menos vulneráveis, tornam a exploração muito mais segura por utilizar menos água, economia de água e segurança no transporte dos dejetos. ”

 

 

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2 respostas

  1. A respeito dos comentários do colega Euller Soares Monteiro enviados em 29/01/2019 às 17:35 h, gostaria de oferecer esclarecimentos cabíveis para uma melhor compreensão sobre a “flexibilização” e o cumprimento de leis. Ao manifestar sua “repúdia”(sic.) talvez tivesse em mente o termo repúdio ou ainda sua repulsa, o que seria mais cordial substituir por discordância!
    Luciano Pereira Lopes, RJ.

  2. Para…. Para…. Para….

    O que tem à ver a flexibilização proposta pelo Bolsonaro, com termos leis mais rígidas e melhor ainda… Termos essas leis sendo cumpridas….

    O que Bolsonaro deixou claro é que ele quer desburocratizar… …tornar mais rápido e eficiente… Ele nunca disse no discurso dele, de tornar menos eficiente a legislação…

    O discurso acima, nesta nota do CAU-BR, distoa completamente da sua função, e de como deveria ser a sua ação.

    Aparenta ser ideia de quem escreveu este texto (e que o torna como se fosse o ideal do CAU), o de apoiar euma bandeira política (haja vistas, este mesmo discurso acima, tem sido usado por todos os adversários políticos (não de Bolsonaro, más sim do páis todo, de todo cidadão honesto e cumpridor de seus deveres…) que tem atacado ao presidente e tentado de todas as maneiras denegrir sua imagem e/ou atrapalhar seu governo e sua administração.

    Deixo aqui, minha repudia à este texto, e espero que este não seja o mote do CAU-BR, Pois, creio eu, que nós arquitetos, também estamos ansiosos por flexibilização na nossa área de atuação, reduzindo toda a burocracia inoperante e bloqueadora… (e de forma alguma, flexibilização tem que obrigatoriamente ser igual à redução de leis, ou flexibilização de leis… …uma coisa nada tem à ver com a outra.. Pelo contrário, podemos ter o acréscimo de leis mais rígidas, más mesmo assim, flexibilizar ou desburocratizar de tal maneira, que consigamos agilidade na execução dos processo.).

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