CAU/BR

Manifesto dos arquitetos e urbanistas sobre o momento atual do Brasil

CARTA DE BRASILIA  

 

OS ARQUITETOS E URBANISTAS DO BRASIL E O MOMENTO ATUAL

 

Os presidentes e os conselheiros federais do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de todas as unidades da federação, e o presidente do CAU/BR, todos legitimamente eleitos pelos arquitetos e urbanistas brasileiros, vêm a público manifestar-se sobre a importância do momento político nacional.

 

Ressaltamos especialmente as demandas da sociedade de participação na gestão e no planejamento das cidades e nas decisões sobre as prioridades da infraestrutura e dos equipamentos públicos necessários à qualidade de vida urbana e rural.

 

Defendendo um planejamento territorial que garanta o cumprimento da função social da propriedade, manifestamos a urgência da aplicação dos Estatutos da Cidade e da Metrópole e a implantação e gestão efetivas dos planos diretores, de habitação, de saneamento e de mobilidade das cidades, alçando as prioridades da sociedade a primeiro plano.

 

Os arquitetos e urbanistas brasileiros enfatizam, ainda, a absoluta necessidade de reformulação da legislação que trata de concorrências para obras públicas e a adoção de concursos públicos de projeto e da exigência de projetos executivos completos para todas as obras públicas.

 

Este manifesto foi aprovado por unanimidade na 14ª. Plenária Ampliada do CAU/BR.

 

Brasília, 28 de agosto de 2015

 

Clique para ver a galeria de fotos da 14ª Reunião Plenária Ampliada

 

Publicado em 28/08/2015

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13 respostas

  1. CAU, siga o seu plano.
    Este ensejo finalizado cumprirá una das diretrizes, o da valorização profissional que indiretamente e diretamente cumprirá um papel social importante ao Brasil.

  2. Eu acho que, como urbanistas (ou futuros urbanistas) somos os únicos capazes de mudar ou ao menos de indagar um futuro melhor para as cidades, não com algo utópico com obras e projetos estrambólicos, mas com iniciativas simples, acarretando até na mudança dos PDDU’s municipais, tornando a cidade cada vez mais para as pessoas, e não para os carros, por exemplo. Mas, enquanto os interesses econômicos prevalecerem, nada se pode fazer… Assim foi com Brasília que seria a capital dos sonhos e acabou por ser mais uma vítima do mercado imobiliário.

  3. É preciso realmente repensar a forma de atuação política junto à técnica. Infelizmente, a realidade da maioria das prefeituras não conta com planejamento urbano, outras, quando possuem arquitetos urbanistas, sub-utilizam esse profissional ou pra tentar reparar o problema de um crescimento desordenado, ou para cuidar da parte burocrática de aprovação de projetos. Temos tantos profissionais bons que poderiam colaborar bastante com as cidades, mas que hoje só conseguem idealizar essas melhorias em suas cabeças.

  4. Não compreendo essa insistência nos concursos públicos de projeto. O CAU defende que os arquitetos trabalhem de graça, é isso? Só vai piorar a situação do mercado. O órgão público, espertalhão, vai receber um monte de “ideias”, afinal arquiteto serve para dar “ideias” e “desenhar fachadas”, na concepção distorcida da população média, e escolher uma delas, geralmente por jabá, para “pagar” pelo desenvolvimento completo. Não sei, não!

    1. Eduardo, o CAU defende que em concursos públicos o arquiteto vencedor seja obrigatoriamente contratado para desenvolver o projeto completo. Entendemos que o concurso é um instrumento para melhoria da qualidade dos espaços urbanos e, por consequência, das cidades brasileiras.

    2. Eu também tenho minhas dúvidas quanto a concursos públicos de projeto. São muitas exigências que, para serem cumpridas, demandam custos bastante altos. No fim, muitas equipes trabalham de forma gratuita enquanto apenas uma recebe por seu trabalho, se realmente for executado, pois muitos não saem do papel. Entendo que é uma ferramenta ótima para que haja realmente bons projetos arquitetônicos, mas não acredito que seja a solução ideal.

    3. Se não for através de Concursos Públicos, vão continuar os “conchavos escusos” que vemos explodindo na mídia, igual bombinha em festa junina. Concurso Público sim!

    4. Sem concurso, as obras no país viram essa esculhambação que está de Projetos incompletos, sem detalhes e especificações o que dá panos pras mangas da corrupção e orçamentos acima do correto, onde muios empreiteiro e investidores irão se valer desta brecha para poder “cercear” ainda mais dinheiro público.
      Além do que, o concurso baliza o bom projeto de escritórios e/ou profissionais que se qualificam para elaborar um projeto com qualidade estética e técnica.

  5. Sou favorável à iniciativa, acho que a briga vai se dura, pois, arrancar o queijo do rato não vai ser fácil…….
    Seria um sonho ter arquitetos urbanistas exercendo suas atribuições dignamente, pensando nossas cidades como um todo e não favorecendo uma minoria que com planos diretores flexíveis o alteram de acordo com interesses momentâneos.
    Claro que essa questão de concurso público deixa sempre a dúvida de cartas marcadas, para isso se faz necessário quebrar o formato dos atuais concursos para algo mais moderno e transparente cercado de todos os lados para que venhamos minimizar ao máximo o jeitinho brasileiro de ser.

  6. Plano Diretor + Nova Legislação para Licitações + Projeto Conservador de Águas – Extrema-MG (exemplo), são diretrizes essenciais e atualmente vitais para qualquer centro urbano, e em sua maioria, bastava apenas vontade de seus governantes, já que funcionários existem em seus cargos para isso.

  7. O furo e mais embaixo. Tem que qualificar as escolas de arquitetura!

    1. Acredito no seu argumento tem mesmo é que qualificar as escolas de arquitetura, mas. . . eu particularmente, que sou acadêmico, vejo que o problema não é só nas Faculdades, pense comigo, deveríamos é ter uma prova do CAU, esta seria a verdadeira peneira! Acredito muito mais no potencial do aluno perante as dificuldades estruturais de uma faculdade etc. Hoje oque vemos são arquitetos medíocres sendo formados, mas medíocres por si só!

    2. Também, Helena!
      Acho que o CAU está caminhando bem no posicionamento dos arquitetos e urbanistas dentro da dinâmica da cumunidade. Acho mesmo!
      Mas falando em escolas, aqui no ES mais se forma aquele tipo de arquiteto da piadinha: “o cara que não teve coragem pra ser engenheiro”. É assustador…Conheço bons arquitetos, mas a maior parte replica de uma forma mais “artística” (?) daquilo o que o engenheiro faria…e é assim que aprendem na escola, que muitas vezes até é considerada como área de exatas!
      E eu que ainda achava o Mackenzie “pouco”, às vezes, e o quanto cobrei mais…não no sentido de achar que eles ofereciam pouco, mas do que eu dei conta de usufruir, saí me sentindo tão incapaz ainda…
      Mas isso é uma briga insana que vai além da obviedade. A luta se dá principalmente entre egos e representa, no final , o que cada lugar enxerga como espaço e cidade…
      Falta “saber ver a arquitetura”.
      Cadê os mestres?…

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