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Pesquisa CAU/BR revela perfil profissional dos arquitetos e urbanistas brasileiros

 

Pesquisa do CAU/BR realizada em parceria com o Instituto Datafolha trouxe informações inéditas sobre o perfil profissional dos arquitetos e urbanistas do Brasil. Trata-se do maior levantamento já realizado no país desde o Censo do Arquitetos e Urbanistas, realizado em 2012 quando do registro de todos os profissionais no recém-criado Conselho de Arquitetura e Urbanismo. “Necessitamos de informações precisas para trabalharmos as ações do CAU, tanto para o planejamento da entidade, quanto para melhorar a comunicação com os profissionais “, afirmou o presidente do CAU/BR, Luciano Guimarães.

 

Descobriu-se que os arquitetos e urbanistas brasileiros são na sua maioria jovens, com 38 anos em média, a maioria composta por mulheres (64%) e profissionais liberais ou autônomos (55%). Atuam principalmente nas capitais e regiões metropolitanas (66%) e uma parcela significativa (24%) atuam em outras áreas além de Arquitetura e Urbanismo.

 

A Pesquisa de Avaliação do CAU realizada pelo Instituto Datafolha em maio, com 1.500 arquitetos e urbanistas e 500 empresas de Arquitetura e Urbanismo entrevistados por telefone, foi feita de acordo com a distribuição etária e geográfica da base total de registros realizados junto ao CAU. Nessa mesma pesquisa, os profissionais avaliaram positivamente os serviços oferecidos pelo CAU/BR e pelos CAU/UF. Saiba mais aqui.

 

 

PRINCIPAIS ATIVIDADES E RENDA
Segundo o levantamento, a principais atividades realizadas por arquitetos e urbanistas são Projetos de Arquitetura (87% atuaram na área nos últimos dois anos), Arquitetura de Interiores (68%) e Execução de Obras (64%). Outras atividades realizadas nos últimos dois anos foram Projetos Complementares (49%), Gestão e Consultoria (30%), Paisagismo (28%) e Serviço Público (23%).

 

Nas empresas de Arquitetura e Urbanismo, as atividades mais recorrentes nos últimos dois anos são Projeto de Arquitetura (89%), Arquitetura de Interiores (71%), Execução de Obras (58%), Gestão e Consultoria (57%), Projetos Complementares (43%) e Paisagismo (30%).

 

 

Quanto à renda, 50% dos arquitetos e urbanistas declarou faturar mais de cinco salários mínimos, enquanto 20% disse receber de três a cinco salários mínimos, e 22% menos que três salários mínimos. Cerca de 8% dos entrevistados não responderam. De modo geral, 37% dos profissionais entrevistados declararam-se “satisfeitos ou muito satisfeitos” com sua renda atual, enquanto 34% se dizem “mais ou menos satisfeitos”, 13% “insatisfeitos” e 15% “muito insatisfeitos”.

 

Os métodos mais utilizados pelos arquitetos e urbanistas para captação de clientes são Redes Sociais (45%) e estímulo a indicações de clientes (44%), seguido por site pessoal com portfólio (11%) e propaganda “boca a boca (10%). A pesquisa permitia múltiplas respostas. Dezoito por cento dos profissionais e das empresas entrevistados já realizaram serviços de Habitação de Interesse Social, enquanto 8% dos profissionais e 11% das empresas disseram já ter prestados serviços de Arquitetura e Urbanismo em outros países.

 

 

ORÇAMENTOS E TECNOLOGIA
Os valores dos serviços prestados pelos arquitetos e urbanistas são calculados principalmente por meio da quantidade de metros quadrados da obra (56%), de acordo com a solicitação do cliente (29%), Tabela de Honorários do CAU (21%) e porcentagem sobre o CUB (16%). Entre as empresas, o valor é cobrado principalmente sobre a hora técnica dos profissionais (51%), seguido do valor por metro quadrado (48%), porcentagem sobre o CUB (18%) e Tabela de Honorários do CAU (17%). A pesquisa permitia, em ambos os universos, múltiplas respostas.

 

Quanto ao uso de tecnologia, a maioria dos profissionais utiliza-se de Notebooks (85%) e PCs (84%), com softwares CAD (85%), 3D (77%) e de renderização (68%). O uso de software BIM é significativo: 36% dos profissionais e 37% das empresas utilizam essa tecnologia em seus projetos. A grande maioria das empresas (70%) diz-se satisfeita ou muito satisfeita com as tecnologias presentes no local de trabalho. A internet já é o meio mais usado para se informar sobre as novidades da Arquitetura e Urbanismo, abrangendo 95% dos profissionais. Nas redes sociais, 74% usam Instagram, 50% o Facebook e o Pinterest, e 28% o Linkedin.

 

 

A Pesquisa CAU/BR-Datafolha 2019 captou muitas outras percepções de profissionais e empresas, em relação ao mercado de trabalho, áreas de atuação profissional e muitos outros temas. Clique aqui para conhecer os resultados referentes à percepção dos profissionais e empresas quanto aos serviços prestados pelo CAU.

 

A pesquisa foi contratada por meio de concorrência, sendo a segunda realizada pelo CAU/BR em parceria com o Datafolha. Em 2015, foi feita uma pesquisa junto a toda a sociedade brasileira, com entrevistas realizadas em 177 municípios do país. Entre os principais resultados, descobriu-se que 85% da população que já fez obras de reforma ou construção não utilizaram a assistência técnica de profissionais legalmente habilitados. Foi o maior diagnóstico do setor de Arquitetura e Urbanismo já feito no Brasil, com pesquisas quantitativa e qualitativa, de forma a traçar um panorama abrangente sobre o que a população brasileira pensa sobre o tema.

13 respostas

  1. Olá,

    Aonde consigo encontrar esta pesquisa na íntegra?
    Existe alguma documento formalizado desta pesquisa como é o anuário do CAU?
    Seria para uso acadêmico.

    Obrigada.

  2. Se pesquisa coloca-se pão na mesa dos Arquitetos e Urbanistase, ajuda-se a pagar as contas ou algum outro benefício minimo…mas isso não é verdade!E outra questão fundamental estou cansado de ver anúncios que pedem por profissional Arquiteto e Urbanista e oferecem salário de 2.000,00 a 3.000,00; pergunto onde fica o salário mínimo da categoria pq o CAU não fiscaliza isso…está correto?

    1. José, agradecemos a atenção e informamos que a fiscalização é realizada pelos CAU/UF, conforme determina a Lei 12.378/2010. Ao CAU/BR cabe promover as normas gerais de fiscalização e analisar possíveis recursos de processos já julgados pelo CAU/UF. Publicamos todos os dias ações de fiscalização dos CAU/UF em nossas redes sociais. Acompanhe!

      Saiba mais como funciona a fiscalização dos CAU/UF em https://bit.ly/2kTOUyT

      Para fazer uma denúncia, por favor clique em https://bit.ly/2C2zxhH

  3. Pesquisa muito interessante, porém com um número muito pequeno de profissionais pesquisados e sem divulgação. Recebo e-mails diariamente do CAU e não vi nenhum comentário sobre a realização da pesquisa.
    Senti falta da análise por região, principalmente no que diz respeito a remuneração, já que cada região do Brasil tem uma realidade. Uma análise comparativa de Rio x SP já demonstraria uma grande diferença no mercado da Arquitetura.
    Quanto às respostas sobre remuneração fico em dúvida sobre a formulação da pergunta, se o piso definido para a categoria está entre 6 e 8,5 salários, porque a pesquisa se baseou em “acima” de 5 salários? Ao ler essas respostas indago, esta pergunta foi formulada por um Conselho que deveria atuar também na fiscalização do salário mínimo profissional?

    1. Aline, informamos que o número de entrevistados foi definido pelo Datafolha de forma a garantir a validade estatística dos dados. Para se ter uma ideia, uma pesquisa de eleição para presidente geralmente faz de 2.000 a 2.500 entrevistas. Desta forma, a pesquisa do CAU espelha a realidade dos arquitetos e urbanistas de todo o país. Quanto aos dados por região, eles estão sendo analisados e serão publicados em breve.

      A definição da renda atende aos critérios de classes econômicas usado pelo IBGE e demais Institutos de Pesquisa, permitindo a comparação com outros estudos.

    2. “A definição da renda atende aos critérios de classes econômicas usado pelo IBGE e demais Institutos de Pesquisa, permitindo a comparação com outros estudos.”

      Ou seja, o CAU respeita mais os dados do IBGE do que a própria lei que deveria ser defendida por ele; é mais fácil e muito mais conveniente ao CAU que a pesquisa seja pautada em “critérios de classes econômicas usado pelo IBGE e demais Institutos de Pesquisa” porque atingir 5 salários é mais fácil do que 6 a 8,5 salários. Quando o assunto é fiscalização de piso salarial o CAU finge que não é com ele e se torna cúmplice de editais e contratações por salários aviltantes.

      1. Karine, esclarecemos que a pesquisa trata de renda, não de salário. Atente que mais de 50% dos profissionais são autônomos, por isso a escolha de acordo com as faixas de renda estabelecidas pelo IBGE. Informamos que a fiscalização é realizada pelos CAU/UF, conforme determina a Lei 12.378/2010. Ao CAU/BR cabe promover as normas gerais de fiscalização e analisar possíveis recursos de processos já julgados pelo CAU/UF. Publicamos todos os dias ações de fiscalização dos CAU/UF aqui no Insta. Acompanhe!

        Saiba mais como funciona a fiscalização dos CAU/UF em https://bit.ly/2kTOUyT

        Para fazer uma denúncia, por favor clique em https://bit.ly/2C2zxhH

  4. Realizada pelo Datafolha minha sugestão é que o trabalho seja complementado por eles. Deverá ser encomendada pelo CAU a análise e a interpretação dos dados. Simplesmente tomarmos conhecimento de uma massa de dados comentada superficialmente pelo pessoal do próprio CAU, com um viés otimista parecendo trabalho de assessoria de imprensa para defender o órgão, é inaceitável. Isto também é uma forma de se jogar dinheiro fora.

  5. Enfim, a remuneração doas arquitetos está muito baixa! Triste isso.

  6. Pergunta que não quer calar é: está ai claro como o sol, que metade dos arquitetos ganham menos que o piso da categoria (8 salários mínimos para uma jornada comum de 40h ~sendo que devem trabalhar bem mais que isso, mas não entrarei nesse mérito~), o que o CAU pretende fazer em relação a isso? pelo metade da categoria na informalidade…

    Essa história de piso tinha que acabar!

    É melhor receber 3mil reais e ter carteira assinada que 3,5mil na completa informalidade, criando MEI, ME pra poder declarar renda, pagando imposto de PJ… E essa história que “não ter piso faz com que as pessoas paguem mais barato pelo serviço do arquiteto” é mintira, as pessoas já estão trabalhando por 2mil, 1mil… O piso só serve pro arquiteto ficar na informalidade sem nenhum direito, porque mal ele já recebe!

    1. Participei da pesquisa, fui uma das entrevistadas. Acho importante essa coleta de informações, o CAU precisa colocar os pés no chão mesmo e ter ‘realidade’ no parâmetros definidos para a profissão. Concordo com o que disse.

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