José Luis Cortés, presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA), destacou durante sua participação na segunda edição do Fórum Internacional de Conselhos, Ordens e Entidades de Arquitetura e Urbanismo que foi um privilégio estar em Brasília, um lugar icônico e emblemático por sua arquitetura e por sua história, mas também por ser um lugar que permitiu dialogar com representantes de diferentes organizações de arquitetos de países da América Latina e diversos locais do mundo.
“Concordamos que estamos vivendo em um mundo de muitas dificuldades. Um mundo muito difícil e que podemos, nós arquitetos, ser participantes ativos em tudo que vem do futuro. Nesse sentido, os paradigmas que vislumbramos são enigmáticos”, disse Cortés.
Ele mencionou os desafios que a Arquitetura e o Urbanismo poderão enfrentar diante dos avanços tecnológicos e, ainda, a digitalização, as surpresas ocasionadas diariamente pelas mudanças climáticas e as guerras em curso pelo mundo. “Esperamos que no futuro possamos mitigar todos os danos que fizemos ao planeta e que seguimos fazendo. Porque na Agenda 2030 das Nações Unidas, nos propusemos, todos os arquitetos a lutar para diminuir as emissões tóxicas, para diminuir o carbono, mas o caminho que seguimos parecia contrário a todos os objetivos. Então temos que redobrar os esforços. Temos que nos unir. Todas as organizações de arquitetos do mundo.”
José Luis explicou que a UIA é composta por 115 países e que o Brasil carrega um papel muito preponderante. Ele observou que o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU) e o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) são entidades relevantes e importantes para a construção de um mundo melhor.
“Descobrimos que se queremos deixar um mundo melhor para as próximas gerações necessitamos de uma participação mais ativa de todos os estudantes e das escolas de arquitetura. Porque eles são o futuro do mundo e porque precisamos escutá-los. São muito mais sensíveis a tudo que está acontecendo e muitas vezes nós, adultos, que lidamos com as instituições, nos formamos em décadas anteriores e não nos damos conta da velocidade em que ocorrem essas transformações no mundo inteiro.”
Cortés mencionou os preparativos para o Congresso da União Internacional dos Arquitetos UIA 2023, que acontecerá em Copenhague, na Dinamarca, com o tema de sustentabilidade e de mudanças climáticas. Segundo ele, é um assunto que tange a todos e um problema que estamos vivendo em todo o mundo. José citou o exemplo da Amazônia brasileira, “é importante nesse momento refletirmos e dialogarmos em equipe com todos os brasileiros para podermos fazer uma apresentação coerente, consistente e transcendente sobre o que irá acontecer com a Amazônia se continuarmos aceitando a sua destruição. Assim eu torço para que o CAU, o IAB e todos os colégios de arquitetura do mundo inteiro possam se unir para fazer propostas específicas de como participar de maneira mais ativa nesse congresso sobre sustentabilidade e mudança climática de julho de 2023”.
Confira o vídeo abaixo: Mobilidade Profissional Internacional – Presidente da União Internacional dos Arquitetos (UIA)
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II Fórum
O evento realizado em julho, na Embaixada de Portugal, em Brasília, teve como tema: “Mobilidade Profissional Internacional, da formação ao exercício profissional” e foi organizado pela Comissão de Relações Internacionais do CAU Brasil. Dentre os objetivos do encontro estava a busca pela simplificação da mobilidade profissional dos arquitetos entre os diferentes países, assim como a troca de experiências para o aprimoramento da profissão.
Além de representantes e conselheiros do CAU Brasil estiveram presentes no encontro arquitetos de diversos países como Estados Unidos, Espanha, França, Itália, Portugal, Rússia, Suíça, China, Macau, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru, Uruguai, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
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