Segundo lugar em concurso, escritório do Paraná diz que competições dão confiança

O escritório Arquea Arquitetos, de Curitiba, ficou em segundo lugar no concurso para a nova sede do CAU/BR e do IAB-DF. “Ficamos felizes com o resultado, mas um pouco tristes também, porque chegamos muito perto. Seria uma honra ver nosso projeto construído”, afirma o arquiteto Fernando Caldeira, sócio do escritório junto com Bernado Richter (coordenador da equipe no concurso) e Pedro Tavares. Clique aqui para ver o projeto completo. 

Os três arquitetos e urbanistas se conheceram na Pontíficia Universidade Católica de Curitiba e têm por hábito participar de concursos de Arquitetura. Assim que abriram o escritório, em 2008, logo após a formatura, inscreveram-se no concurso para o Mercado Público de Blumenau (SC).

Desde então, os sócios têm buscado diversificar suas atividades. Continuam participando de concursos – tiraram 2º lugar em um concurso da CODHAB-DF e receberam menção honrosa em outros dois, além de um 3º lugar num concurso para uma escola em Guiné-Bissau – mas também produzem casas e prédios residenciais, além de algumas parcerias com o escritório do arquiteto e urbanista Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba.

“A gente tenta variar bastante as áreas, as tecnologias, entendemos que o escritório é novo e temos que experimentar várias coisas. Cada cliente, cada projeto, precisa de uma abordagem específica”, afirma Fernando. “Sempre trabalhamos com baixo orçamento, tentamos fazer uma arquitetura de qualidade com estrutura racional. Com menos orçamento, você tem que entender melhor a obra”.

ARQUITETOS E URBANISTAS DO ANO
Além da segunda colocação no concurso da nova sede do CAU/BR e do IAB-DF, a Arquea Arquitetos também venceu o prêmio Arquitetos e Urbanistas do Ano, na categoria Setor Privado. O prêmio é concedido anualmente pela Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas (FNA), a partir do voto de seus associados.

No concurso da nova sede, os jurados elogiaram a “articulação rica entre áreas abertas e fechadas e qualidade ambiental dos espaços de trabalho conferida pelas varandas e envoltória externa”, propostas pelo escritório Arquea Arquitetos. “Estávamos acompanhando online a divulgação do resultado. É um edifício bem simbólico, a gente fica muito feliz em ter colaborado com esse processo. Todas as propostas vencedoras foram muito boas”, afirma Fernando, que elogia a estruturação do concurso. “A facilidade de entregar os projetos em meio digital e a clareza do edital incentivam muito a participação”.

O arquiteto e urbanista acredita no concurso público como uma maneira importante de se promover o debate arquitetônico. “É muito legal porque você vê o que os outros pensaram, compara as soluções propostas e vê quais se comportaram melhor”, diz. Segundo eles, a participação em concursos públicos ajudou a amadurecer as ideias do escritório. “Estimula e dá confiança, o que é importante na hora de projetar. Aprimora muito a sua sensibilidade, a gente consegue exercitar o desenvolvimento de projetos dentro do escritório, tomando sempre o cuidado de ter a clareza do que o concurso exige”.

Publicado em 21/11/2016