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A sensibilidade da mulher na arquitetura e no CAU/MT

 

Profissionais liberais ou funcionárias públicas, no dia-a-dia das obras, dentro do escritório ou em sala de aula, elas têm tarefas árduas como profissionais e como mulheres que merecem ser respeitadas. Merecem conquistar os mesmos direitos muitas vezes só vistos como ‘permitidos’ aos homens. Mulheres integrantes do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso (CAU/MT), contam experiências, desafios e delícias da profissão.  Cada uma com características próprias, mas todas ressaltaram a sensibilidade como seu maior triunfo para conquistar espaços.

 

Juliana Beatriz Mayumi Tanaka tem 32 anos, mãe de um menino de três anos, formou-se em 2008. Escolheu cursar arquitetura porque sempre viu na profissão uma forma de ‘transbordamento’ de criatividade, ousadia e inovação. Também buscou ter um papel institucional ao se candidatar para o conselho. Inscreveu-se por “por acreditar que quando não se está satisfeito com algo é preciso ir atrás da mudança. Não apenas criticar ou se lamentar”. Crê numa evolução das mulheres com relação aos projetos. “Essa evolução, assim como em várias esferas profissionais, estão moldando a mulher, a sociedade e a economia. Um exemplo disso é o fato de as mulheres estarem dominando os canteiros de obras. Elas são cada vez mais requisitadas por conta da sua paciência, delicadeza e capacidade de organização”, avalia.

 

Cássia Abdallah, 55 anos, sente orgulho de ter escolhido a profissão. Apesar de uma presença maior das mulheres, não percebe diferença entre os gêneros no desempenho da atividade. “O papel da mulher na arquitetura é igual a qualquer outra profissão escolhida. Não vejo diferença entre homens e mulheres no âmbito profissional. De certa forma, a sensibilidade da mulher facilita no desenvolvimento dos projetos. Na nossa profissão, por exemplo, conforme pesquisa realizada pelo Datafolha, já somos a maioria. Saber disto me estimula muito”.

 

Hendyel Castro Reis tem apenas 22 anos e há pouco tempo saiu da faculdade. Apesar da pouca idade, já tem uma bagagem de conhecimento no ramo da arquitetura e construção civil que envolve estudo em mostras e eventos por todo o Brasil e em países como Inglaterra e Estados Unidos.  Também está ligada a veículos de comunicação de divulgação da arquitetura e aposta na sensibilidade da mulher. “Uma profissão que integra arte e funcionalidade podemos dizer que são os sinônimos da mulher que é cheia de aptidões únicas para atuar com excelência nesta área”, considera.

 

Para Vanessa Bressan Koehler, 38 anos, força e delicadeza são palavras que podem, sim, andar juntas. “Além da questão estética e funcional da arquitetura, a mulher faz tudo com o coração, se envolvendo a fundo com os trabalhos”, destaca. Mas também tem o lado forte. “Somos mulheres atuantes no mercado e que matam um leão por dia. Eu ainda arrumo tempo para contribuir com o meu conselho”, frisou Vanessa.

 

Juliana Dermatini, 37 anos, possui mestrado pela UFSC e doutorado pela UFRJ . É professora adjunta do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNEMAT, em Barra do Bugres; e percebe sua profissão como polivalente, com uma função social bastante relevante. Juliana se candidatou a conselheira por enxergar no CAU uma possibilidade de apoio à efetivação de Políticas Públicas, como por exemplo, a Lei da Assistência Técnica – uma de suas área de atuação – entre outras normativas que fazem parte dos ofícios dxs arquitetxs-urbanistas. O “x” utilizado pela arquiteta representa igualdade de gênero, que ela também percebe no papel da mulher na arquitetura: “o mesmo do homem”.

 

Especialista em Mobilidade e Sistema Viário Urbano, e Especialista em Arquitetura, Construção e Gestão de Edificações Sustentáveis, Inês Vieira Serpa, 35 anos, analisa que, embora as mulheres muitas vezes sejam relegadas ao papel de coadjuvantes, não deixam de ser edificadoras. “A sensibilidade do olhar, a intuição aguçada e a criatividade são características que nos destacam. Embora muitas de nós não recebam o reconhecimento, temos no tempo e na história grande feitos de mulheres na arquitetura e na sociedade como um todo, há de se buscar cada vez mais esse espaço”.

 

Isabella Mamprim Balbino, de 33 anos, enfatiza a sensibilidade da mulher para lidar com pessoas.  “Trabalho com projetos arquitetônicos e interiores e todos os dias estamos lidando com gente, com lojas, fornecedores e prestadores de serviços. Temos uma sensibilidade a mais para esses relacionamentos profissionais”.

 

A lista de arquitetas ilustres é gigantesca, mas é incontável o número de arquitetas que chegaram ao mercado de trabalho e contribuem para o avanço da profissão.

 

Comunicação CAU/MT

 

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