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Tebas, arquiteto paulista escravizado, é homenageado pelo Google

O homenageado pelo Doodle do Google desta terça-feira (30), foi Joaquim Pinto de Oliveira, conhecido como Tebas, o negro escravizado que marcou a Arquitetura de São Paulo. O Doodle é uma alteração temporária no logotipo do Google para comemorar eventos ou figuras histórias notáveis.  “Obrigado, Tebas, por superar todos os obstáculos para estabelecer o plano para um futuro melhor!” foi a frase que acompanhou a homenagem ao arquiteto, que só foi reconhecido mais de 200 anos após sua morte, em 2018, Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado de São Paulo (SASP).

 

Doodle do Google em homenagem a Tebas, negro escravizado que marcou a arquitetura de São Paulo.

 

Nascido em Santos, em São Paulo, em 1721 e falecido em 1811, Tebas foi escravizado até os 57 anos, quando conseguiu sua alforria. Por ter sido escravo de um arquiteto e construtor português Bento de Oliveira Lima, Joaquim Pinto tornou-se especialista na arte e na técnica de talhar e aparelhar pedras, o que impactou de forma decisiva a arquitetura de São Paulo. Tebas era requisitado principalmente para construções de ordem religiosa e ornamentação de igrejas. O arquiteto executou a ornamentação da antiga igreja do Mosteiro de São Bento,  Igreja da Ordem Terceira do Carmo e a Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco. Além desses, Tebas foi responsável pela reforma completa da primeira torre original da antiga Catedral de São Paulo (1778), demolida em 1911, e pela a construção do primeiro chafariz público da capital paulista, o Chafariz da Misericórdia, retirada em 1886.

 

Tebas – Um negro arquiteto na São Paulo escravocrata

 

Livro “Tebas – Um negro arquiteto na São Paulo escravocrata”

 

Publicado pelo Instituto para o Desenho Avançado (IDEA) por meio de parceria de fomento com o CAU/SP, o livro aborda a vida e a obra de Joaquim Pinto de Oliveira, escravizado durante a maior parte de sua vida e apelidado de Tebas pelo moradores da cidade de São Paulo do século XVIII. Destacou-se pelo talento para talhar pedras e foi responsável por diversas fachadas construídas na época, como o Chafariz da Misericórdia, na região central da capital paulista. O objetivo é indicar caminhos para a ampliação do conhecimento sobre esse personagem “esquecido na metrópole de concreto”, conforme as palavras do arquiteto Carlos Lemos.

 

Clique aqui e acesse a íntegra o livro

2 respostas

  1. Bom dia…
    Onde posso comprar este livro “Tebas – Um negro arquiteto na São Paulo escravocrata”.
    Aguardo retorno.
    Silvia

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