Bienal Internacional de Arquitectura de Buenos Aires, realizada entre os dia 15 ao dia 26 de outubro. A vida e obra do arquiteto foi exaltada em painéis expostos na mostra. Projetos de arquitetos brasileiros fora do eixo Rio-São Paulo e de jovens profissionais da área também foi exaltado na Bienal, na exposição “Brasil: Outras Arquiteturas”.
Dos feitos de Demetre escolhidos para ilustrar os painéis que foram apresentados na Bienal, a teoria do “valor imobiliário mais negativo em zonas centrais decadentes” foi a principal. A teoria afirma que as áreas centrais pouco preservadas das cidades, o valor imobiliário está reduzido pela falta de demanda, apesar de serem regiões acessíveis e com boa infraestrutura urbana.
Os painéis foram ilustrados com imagens da Morada da Saúde, no Rio de Janeiro, e o Conjunto Habitacional São Francisco, em São Paulo, dois importantes projetos de Demetre.
Outra participação brasileira na Bienal de Buenos Aires foi a mostra “Brasil: Outras Arquiteturas”. A exposição apresentou projetos e trabalhos de arquitetos fora do tradicional eixo Rio-São Paulo, destacando as tendências regionais da arquitetura brasileira, normalmente pouco exibidas em mostras internacionais. Também foi destacado o trabalho de jovens profissionais que estão se revelando na arquitetura brasileira.
A relação dos profissionais e escritórios que participaram da mostra “Brasil: Outras Arquiteturas” compreende: Aleph Zero/Rosenbaum, vindos de Curitiba e São Paulo; Ricardo Monti/MOS, de Florianópolis; Meia Dois Nove, de Belém; Repsold Arquitetos, de Vitória; M2p Arquitetura e Engenharia, de Belém; O NorteOficina de Criação, de Recife; Traço Planejamento e Arquitetura, de Maceió; José Afonso Porto Carrero, de Cuiabá (MT); Rede Arquitetos, de Fortaleza; Marco Antonio Borsoi, de Recife; Gil Carlos de Camilo, de Campo Grande.
Esses trabalhos serão exibidos posteriormente em Florianópolis no IV Destaque das Bienais de Arquitetura, da qual são curadores Vicente Wissenbach e o arquiteto André Schmitt, que faleceu neste ano e também recebeu uma breve homenagem nos painéis.
Desde 1985, a cidade de Buenos Aires tem sido anfitriã desta que é considerada uma das mais importantes celebrações da cultural arquitetônica internacional, sendo pioneira entre as Bienais da América Latina e reconhecida dentro da trilogia mais relevante, junto com a de Veneza e de São Paulo.
A edição de 2019 da Bienal Internacional de Arquitectura de Buenos Aires, que ocorre a cada dois anos, contou com a participação de 15 países, a organização de 25 exposições temáticas, além de receber mais de 50 oradores e 30 mil visitantes.